Por Vaddie Najman
Quando a ONU votou e aprovou a partição do Mandato da Palestina, governada pelos britânicos, num Estado judeu e noutro Estado árabe, em 29 de novembro de 1947, com 33 votos a favor, 13 contra, 10 abstenções, e um ausente, os judeus aceitaram a partição, mas os árabes não.
Em 30 de novembro, um dia após a votação de partilha da ONU, a Agência Judaica anunciou:
"O tema principal por trás das celebrações espontâneas que estamos testemunhando hoje, é o desejo da nossa comunidade para buscar a paz e sua determinação para alcançar uma cooperação frutífera com os árabes..."
A Proclamação de Independência de Israel, emitida em 14 de maio de 1948, também convidou os árabes à permanecerem em suas casas e se tornarem cidadãos iguais no novo estado:
"No meio de agressão desenfreada, nós ainda fazemos um apelo aos habitantes árabes do Estado de Israel para preservar os caminhos da paz e desempenhar o seu papel no desenvolvimento do Estado, com base na cidadania plena e igual, através de representação em todos os seus órgãos e instituições...Nós estendemos nossa mãos à paz e a boa vizinhança à todos os estados vizinhos e seus povos, e os convidamos a cooperar com a nação judaica independente para o bem comum de todos."
Israel, o Estado judeu na Palestina, nasceu em 14 de maio de 1948, e, quando os britânicos finalmente deixaram o país, cinco exércitos árabes - Egito, Síria, Transjordânia (mais tarde Jordânia), Líbano e Iraque - imediatamente invadiram Israel.
Suas intenções foram declaradas por Azzam Pasha, secretário-geral da Liga Árabe:
"Vai ser uma guerra de aniquilação. Vai ser um massacre e um momento decisivo na história que será lembrado como 'O massacre dos mongóis' ou as Cruzadas."
Milhares de árabes voluntariamente deixaram Israel em 1947 - 1949, e mais, em 1948, sob o pretexto de que eles voltariam como vencedores, depois que Israel fosse derrotado e eliminado do mapa (novamente).
A maioria dos homens se juntaram aos exércitos invasores árabes do Egito, Síria, Transjordânia, Iraque e Líbano para lutar contra o re-estabelecimento do Estado da recente independência de Israel.
Estes árabes deixaram Israel por sua livre e espontânea vontade, e quando Israel milagrosamente venceu a Guerra da Independência, eles se tornaram indesejados nos países árabes para onde haviam fugido.
Depois de 1967, a fim de promover a causa da OLP, estes árabes que se tornaram conhecido como "palestinos refugiados." Cabe informar que a OLP foi criada em 1964 e o que chamavam de "palestina ocupada" era exatamente Israel de 1948/49.
Esses "palestinos" ainda são refugiados, sem quaisquer direitos humanos no Líbano, onde vivem na miséria em campos de refugiados, e hoje ainda não têm direitos sociais ou direitos civis, e têm um acesso muito limitado à saúde pública ou instalações educacionais, a Síria, onde são sistematicamente mortos por milícias cristãs e Hezbollah, na Jordânia, Egito e Turquia.
É importante ressaltar também que todos esses árabes (os chamados "refugiados palestinos") deixaram Israel, antecipando voltarem para suas casas, depois de uma rápida vitória árabe, como esperavam par serem considerados nacionalistas "palestinos." Explicou Aref el-Aref em sua história da guerra de 1948:
"Os árabes pensavam que iriam ganhar em um piscar de olhos e que não iriam demorar mais de um dia ou dois à partir do momento em que os exércitos árabes cruzassem a fronteira, até que todas as colônias fossem conquistadas e os inimigos jogassem seus braços para baixo, lançando-os sobre a sua misericórdia."
Até o final de janeiro de 1948, o êxodo era tão alarmante, que o Alto Comitê Árabe Palestino pediu aos países árabes vizinhos para recusarem os vistos para estes refugiados e selarem suas fronteiras contra eles.
Enquanto isso, os líderes judeus conclamavam os árabes à permanecerem na "Palestina" / Israel e tornarem-se cidadãos de Israel. Na Assembleia da Palestina, em 2 de outubro de 1947, os judeus emitiram este apelo:
"Faremos tudo ao nosso alcance para manter a paz e estabelecer uma lucrativa cooperação para ambos [ judeus e árabes ]. E agora, aqui e agora, da própria Jerusalém, faço uma chamada às nações árabes para unirem suas forças com o judaísmo, para o nosso bem comum, para a paz e progresso, em igualdade e soberania."
No entanto, há uma abundância de evidências que provam que os árabes foram encorajados à deixarem suas casas para abrirem caminhos para os exércitos árabes invasores.
O Cônsul Geral dos EUA em Haifa, Aubrey Lippincott, escreveu em 22 de Abril de 1948, por exemplo, que:
"Os líderes árabes dominados pelos muftis locais" foram exortando a "todos os árabes à deixarem a cidade, e um grande número assim o fez."
The Economist, um crítico frequente dos sionistas, informou em 02 de outubro de 1948:
"Dos 62.000 árabes que anteriormente viviam em Haifa, não mais de 5.000 ou 6.000 permaneceu. Vários fatores influenciaram sua decisão de procurar a segurança dos ataques. Há pouca dúvida de que o mais potente dos fatores foram os anúncios feitos pelo ar pelo Superior Executivo árabe, incitando os árabes à sairem...Foi claramente dado à entender que os árabes que aceitassem permanecer em Haifa, tendo a proteção judaica, seriam considerados como renegados."
O relatório da batalha em Haifa (3 de Maio, 1948), da Time, foi semelhante:
"A evacuação em massa, levada, em parte, pelo medo, em parte por ordens de líderes árabes, deixaram o bairro árabe de Haifa uma cidade fantasma .... Ao retirar os trabalhadores árabes seus líderes esperavam paralisar Haifa."
A Guerra dos Seis Dias ocorreu no contexto de contínua hostilidade do mundo árabe ao Estado de Israel, que havia começado com a Guerra da Independência. Nessa guerra, o estado recém-criado de Israel derrotou os exércitos árabes que o tinham invadido e expandiu seu território.
Na mesma Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, Judéia e Samaria, Jerusalém e as Colinas de Golã.
Oficialmente, nenhum país árabe reconheceu as linhas do armistício de 1949 como fronteiras internacionais, e nenhum país árabe reconheceu Israel, diplomaticamente.
Israel, e de acordo com a retórica árabe, não tinha o direito de existir, e foi referida como "a entidade sionista."
Derrotar e destruir Israel e "inverter os resultados de 1948" tornaram-se os objetivos centrais da retórica política árabe. Prestígio e liderança do mundo árabe foram baseados em liderança no confronto de Israel.
Isso, então, é a verdade:
"Israel sempre quis viver em paz com seus cidadãos árabes e vizinhos. Os árabes não. Os árabes sempre atacaram Israel e, B'H, Israel sempre venceu."
Israel sempre recuou pela paz, sempre doou "terra por paz", mas os árabes nunca mantiveram a sua parte nos acordos de paz, ou seja, o reconhecimento do Estado de Israel nunca aconteceu.
Para ser mais clara, antes da criação de Israel, na verdade, os judeus é que eram chamados como “palestinos”, não os árabes.
Os árabes não aceitaram serem chamados de "palestinos" porque eles não queriam ser associados com os judeus ou com o Mandato Britânico da Palestina:
Os árabes que viviam na região tornaram-se "palestinos" só depois da guerra de 1967. Antes disso, a Judéia e Samaria, junto com Jerusalém, foram ocupadas pela Jordânia, e Gaza foi ocupada pelo Egito - mas nenhum único árabe se assumiu "palestino." Além disso, chamar um árabe de "Palestino" significaria insultá-lo.
"Não somos judeus, nós somos árabes", eles costumavam dizer em resposta."
Mesmo Yasser Arafat, o mais famoso "palestino" e líder do OLP, não é nativo da chamada "Palestina." Ele chamou a si mesmo de um "dos refugiados palestinos", mas falava árabe com sotaque egípcio.
Arafat nasceu em 1929, no Cairo, Egito. Serviu no exército egípcio, estudou na Universidade do Cairo, e viveu no Cairo até seu nome ser completado em 1956. Arafat se chamava, na verdade, Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat al-Qudwa al-Husseini."
Seu último nome, Al-Husseini, é uma clara indicação de que sua ascendência é da região da Jordânia.
"Até o final dos anos 60 a palavra "Palestina" foi comumente, por unanimidade e globalmente associado com os judeus.
O mundo sabia: a Palestina é apenas outro nome para Israel (ou Judéia), como Kemet era apenas outro nome para o Egito. E eles tinham muito boas razões para dizer isso.
*Até 1950, o nome do Jerusalem Post foi: POST PALESTINA.
*A revista da Organização Sionista da América era: NOVA PALESTINA.
*O Bank Leumi foi: ANGLO-PALESTINA BANK.
*O nome original da Companhia elétrica do Israel foi: EMPRESA DE ENERGIA ELÉTRICA PALESTINA.
*Houve a Fundação: FUNDO PALESTINA e PALESTINA SYMPHONY ORQUESTRA.
Todas estas ORGANIZAÇÕES foram judaicas, organizadas e dirigidas somente por judeus.
*Nos Estados Unidos, o Hino dos jovens sionistas era cantado: "PALESTINA, MINHA PALESTINA", "PALESTINA SCOUT SONG" e "PALESTINA DA CANÇÃO DA MOLA".
Árabes sabiam que o termo "Palestina" era o sinônimo de "judeu", e por isso eles se sentiram ofendidos.
Mas depois da guerra de 1967, os árabes de repente, "se lembraram" que eram "palestinos."
A ideia pertencia aos especialistas em relações públicas da KGB soviética. O plano da campanha PR e a base ideológica foram brilhantemente preparados e elaborados no Instituto Soviético de Estudos Orientais, cujo diretor era Evgeniy Primakov.
Primakov, o oficial de inteligência profissional, falava árabe muito bem e tinha trabalhado por muitos anos em países árabes diferentes sob a o disfarce de um jornalista do jornal oficial do Partido Comunista "Pravda."
Todos os meios de comunicação dos países satélites da União Soviética imediatamente choraram sobre os "pobres palestinos," cuja terra foi roubada pelos "cruéis judeus". Esta ideia sobre os "pobres palestinos" foi imediatamente apoiada pelos meios de comunicação de esquerda no Ocidente.
Após 3 anos da campanha PR maciça, enchendo os meios de comunicação de choro sobre os "pobres palestinos", o egípcio Yasser Arafat, rendeu discursos apaixonados em universidades europeias, nas Assembléias das Nações, e nas reuniões políticas sobre como ele, "um palestino nativo," foi roubado e humilhado pelos "judeus de Khazar."
E assim, do nada apareceu o tal "povo palestino," sendo firmemente enraizado nas mentes das pessoas na Europa Ocidental.
A solidez com que tudo aconteceu também deveu-se ao fato de que o que importava era ser contra os judeus. Os soviéticos e os árabes já tinham tentado este truque com os espanhóis, dizendo ao mundo suas mentiras sobre como "a cruel Espanha" roubara os Andaluzes nativos de suas terras, mas o mundo riu. Mas com os judeus isso seria diferente, afinal de contas, os europeus nunca amaram os judeus com suas Cruzadas, inquisições e Holocausto. Portanto, isso foi prontamente aceito pela história, dando origem ao "pobre povo palestino" que foi expulso de suas terras pelos "terríveis e famigerados judeus."
* Curioso é notar que, em 1967 a tal "palestina ocupada", assim, por mera coincidência, também passou a incluir Gaza e a Judéia e Samaria.
* Tão curioso quanto o fato acima, é que o termo palestina foi criado pelos romanos, justamente para tirar o vínculo dos judeus com a terra. É isso mesmo, os árabes nunca usaram esta denominação nem antes da Idade Média, e nem depois, o que só veio a ocorrer após a década de 1960.
* Por fim, é importante reconhecer que tudo o que consta no texto acima é um fato concreto, mas não podemos também esquecer que, se é verdade que durante a guerra árabes se deslocaram espontaneamente, o número de judeus que foram expulsos dos países árabes onde não havia guerra foi muito superior.
Diante do exposto, por favor, eduquem-se direito e lembrem-se que o conhecimento é a chave que liberta uma mente preconceituosa e alforria o ignóbil."
Obrigada pela ajuda na correção da língua portuguesa pela amiga querida Brenda Kampel Brafman.
*Colaboração de Marcelo Starec
*Revisão final de Kito Mello
*Bandeira da Palestina em 1939