
"Se nós podemos conversar com Mahmoud Abbas, então podemos conversar também com Netanyahu”, acrescentou ironicamente, referindo-se ao presidente palestino.
O partido União Sionista é uma lista conjunta do Partido Trabalhista israelense, liderado por Herzog, e o partido Hatnuah, liderado pela parlamentar Tzipi Livni. Livni se opõe a uma possível mudança rumo à coligação, dizendo ao Canal 2 de Israel, em uma entrevista, que a oposição do partido dela a esta coligação é "um princípio inegociável do partido".
Rumores sobre as possíveis negociações para a coligação entre o primeiro-ministro e o líder da oposição, começaram a emergir na semana passada. Os rumores surgiram quando foi publicada na página oficial do Facebook de Herzog uma lista de exigências dele – um post dito como tendo sido acidental. O post contendo a lista foi removido em menos de dois minutos.
A suposta vontade de Herzog de se juntar ao governo de Netanyahu tem atraído críticas de dentro de seu próprio partido, culminando em uma demonstração maciça de descontentamento da juventude do Partido Trabalhista em frente a sua residência em Tel Aviv no sábado à noite.
"O ato de negociar com Netanyahu é querer lucrar com a política. É uma vergonha e constitui uma traição à confiança pública”, comentou Stav Shafir, parlamentar da União Sionista.
"Se tivermos uma proposta digna [do Netanyahu], a consideraremos”, escreveu Herzog em um post do Facebook na sexta-feira (13/5), quando ele ainda não tinha confirmado que as negociações estavam realmente ocorrendo. Herzog explicou que ele procura um mandato “para tornar os Estados Unidos e Europa nossos aliados novamente, para negociar com países da região e para separar o assunto dos palestinos”, entre outras exigências.
"Eu não sou um Comitê decorativo", escreveu Herzog. "É o papel de um líder defender sua verdade, para não ceder a rosnado e a queda de braços conduzida por egos. Não vou castigar a população, deixando o país deteriorar-se em ações que terminarão em tristeza e luto. Eu também sou responsável pelas vidas e destinos daqueles que não votaram em mim”.
Fonte: TPS / Texto: Michael Zeff / Tradução: Bruno Scala / Foto: Hillel Maeir