
A cerimônia oficial realizou-se no Muro das Lamentações, na cidade velha de Jerusalém, e teve a participação do Presidente de Israel, Reuven Rivlin, e do chefe do Estado-maior de Israel, o Tenente General Gadi Eizenkot.
O Kadish, a oração de luto, foi oficiada por Ofer Cohen, pai de Hadar Cohen, de 19 anos, que foi assassinada a facadas em fevereiro deste ano.
"Uma grande nação chora por seus filhos e filhas mortos”, exclamou Rivlin. "Nós odiamos a morte, mas entendemos o pesado preço que vocês pagaram para proteger uma nação".
"Os soldados e os comandantes da IDF permanecem unidos para defender o país. Nossa união é nossa força", disse Eizenkot. "Mas a unidade não significa acordo. Nossos comandantes precisam saber que o país inteiro os apoia, mesmo quando há desacordo".
O Dia do Memorial, ou Yom Hazikaron, tem sido observado anualmente há 68 anos, desde a fundação do Estado de Israel, e é simbolicamente marcado na véspera do dia da Independência de Israel. Nos últimos anos, a comemoração foi expandida para incluir os civis que morreram como resultado de violência política e atentados terroristas.
De acordo com o Ministério da Defesa, desde 1860 o número total de mortos atingiu 23.447 – incluindo soldados, policiais e agentes dos organismos de segurança e de inteligência de Israel. Os mesmos dados revelam que hoje existem 16.307 famílias enlutadas no país.
A contagem começa em 1860, uma vez que inclui não só os soldados do IDF mas também combatentes mortos das organizações de segurança e de defesa judaica desde o início do movimento sionista. Organizações como HaShomer, ativas durante a época do Império Otomano, e a Hagana, ativa durante o mandato britânico e até a guerra de independência em 1948, quando a IDF foi formada.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Seguridade de Israel, 2.576 civis foram mortos durante as guerras de Israel e em ataques terroristas desde o fim da guerra de 1948.
De acordo com a IDF, 68 indivíduos juntaram-se à lista de mortos somente no ano passado. O Magen David Adom já contabilizou mais de 20 civis mortos na recente onda de terrorismo, que incluiu 106 ataques a facas, 25 ataques por atropelamento, 22 tiroteios e um bombardeio a um ônibus coletivo.
Eizenkot fez uma referência direta para a recente escalada de terrorismo e seu efeito sobre os israelenses, dizendo que "o terrorismo levantou sua cabeça outra vez durante o ano passado, e hoje tanto as agências de segurança de Israel como seus civis são obrigados a permanecer contra ele".
Rivlin citou várias vítimas do terror, incluindo "Hussein Ali, que não poderá participar de seu próprio casamento, e Hadar, que era apenas uma jovem garota quando foi assassinada".
Fonte: TPS / Texto: Michael Zeff / Tradução: Bruno Scala / Foto: Ehud Amiton