Jerusalém (TPS) – Ravit Mor, 19 anos de idade, policial lotada na Patrulha de Fronteira, que havia sido seriamente ferida em um ataque mortal que acabou por matar uma companheira policial, se recuperou e retornou às atividades um mês após os ataques, de forma a completar o treinamento militar básico.
“Sabia desde o momento que acordei no hospital que voltaria para terminar o treinamento básico”, disse a policial. “Servir na Patrulha de Fronteira sempre foi meu sonho e estava claro para mim que não desistiria desse sonho”.
Ravit foi atacada em no dia 3 de fevereiro, quando, juntamente com a equipe de patrulheiros, abordou dois homens árabes suspeitos, perto do Portão de Damasco em Jerusalém, solicitando documentos a um deles. Os homens, então, tiraram facas e começaram a esfaquear Ravit e a comandante da equipe. Ravit entrou em luta corporal com o terrorista que a esfaqueara no rosto quando, outro terrorista repentinamente lançou mão de uma submetralhadora.
A comandante da equipe e mais uma policial, combatente Hadar Cohen, atiraram e neutralizaram os dois terroristas, mas um terceiro terrorista, atacando por trás, atirou em Cohen, a qual foi gravemente ferida e veio a óbito. Em seguida, outros membros da equipe atiraram e neutralizaram o terceiro terrorista.
Várias bombas de fabricação caseira foram descobertas atadas ao corpo dos terroristas, mostrando que planejavam um ataque de muito maior escala do que aquele frustrado pela equipe de patrulheiros. Ravit sofreu ferimentos moderados a graves, sendo levada ao Hospital Hadassah, no Monte Scopus, juntamente com Cohen. Esta, porém, não resistiu às lesões e veio a falecer.
“Hadar e Ravit agiram heroicamente e de um modo maravilhoso”, exclamou Yaakov Shabtai, comandante da Polícia de Fronteira. “Ravit me disse no hospital que desejava fortemente retornar ao trabalho e estou muito orgulhoso em vê-la de volta”.
O funeral de Hadar Cohen foi realizado no cemitério militar em Yehud, um dia após o ataque. A despeito das graves lesões na face, Ravit veio juntamente com a família a fim de prestar última homenagem à amiga.
“Foi muito difícil. Não consigo aceitar que perdemos Hadar”, lamenta. “Ela lutou como uma heroína, como uma combatente experiente e sacrificou-se para defender a mim e à população. Esta é a maior ação de coragem que um combatente pode ter. A bravura dela será um exemplo para mim durante meu serviço e também depois dele”.
Ravit vive na cidade de Lod, centro de Israel, com seus pais e irmão mais velho. Ela prestou um ano de serviços comunitários após terminar o ensino médio e antes de alistar-se na Patrulha. “Meu objetivo era começar tão logo quanto possível meu serviço militar”, disse ela. “Tive que lutar duro para ter a oportunidade de ser aceita na Patrulha”.
Ravit recuperou-se rapidamente no hospital, tendo recebido alta para continuar a reabilitação em casa. “Voltei para casa na sexta-feira. Fiquei surpresa ao ser recebida com uma refeição especial preparada para nós. Realmente emocionante”, relatou. “Os funcionários do comando organizaram para que houvesse esse jantar com a minha família. Meus amigos e comandantes me acompanharam juntamente com minha família durante toda a reabilitação. Creio que eles são um dos motivos dessa minha recuperação rápida”, avaliou Ravit.
Ravit retornou recentemente ao trabalho, continuando o treinamento para tornar-se uma combatente. “No início, estava preocupada com as lesões, mas estava tão feliz em reencontrar todos os meus amigos e comandantes que me ajudaram e apoiaram tanto. Mal posso esperar para terminar meu treinamento, ter meu distintivo e poder defender Israel e seus cidadãos”.
Fonte: TPS / Texto: Michael Bachner / Tradução: Reginaldo Teodoro / Foto: Cortesia