Protestos ocorreram na Praça da Bolsa, local que se tornou
símbolo de solidariedade e resistência por conta dos recentes atos terroristas.
A maior parte do grupo formado por cerca de 400 hooligans
partiu da cidade de Antuérpia, no interior do país. São manifestantes de
extrema-direita e ligados a diversas torcidas de times de futebol belgas. A
polícia ordenou que comerciantes fechassem seus estabelecimentos pouco antes da
passagem do grupo pelo caminho.
Ao desembarcarem no centro histórico de Bruxelas, por volta
das 15 horas locais, os hooligans marcharam em direção à Praça da Bolsa. No
local, desde o dia dos atentados, pessoas permanecem nas escadarias onde cantam
músicas de paz, estendem bandeiras de várias nações, colocam flores, velas
acesas e escrevem mensagens de apoio no chão e nas paredes do prédio histórico.
Para evitar o encontro entre os dois grupos, a polícia
montou um grande cerco de isolamento. Em seguida, diversas ruas da região
também foram fechadas por bloqueios policiais, cercando todas as saídas dos
militantes extremistas. Ninguém podia entrar, nem mesmo moradores da região.
Muitas pessoas não sabiam ao certo o que se passava, e
imaginavam que alguma autoridade estivesse visitando o local das homenagens.
Enquanto isso, manifestantes pacíficos que estavam na região foram liberados
para sair, enquanto o cerco aos hooligans se fechava. As forças de segurança
precisaram receber reforço de outras cidades belgas para conter a manifestação,
e inundaram o centro com suas forças especialistas em confrontos, com escudos e
armas de dissuasão de multidões.
Os hooligans foram expulsos da Praça da Bolsa, mas
promoveram atos de vandalismo em outras áreas do centro da cidade. Cercados
novamente pela polícia, foram colocados em dois trens de volta para suas
cidades. Alguns deles foram detidos para prestar esclarecimentos.
A manifestação da extrema-direita provocou uma divisão
política com críticas de lado a lado. “Estou escandalizado com o que está
acontecendo, por constatar que esses crápulas, com visuais de nazistas, vieram
aqui provocar os moradores nos locais de suas homenagens”, disse o prefeito de
Bruxelas, Yvan Mayeur, que também criticou o governo federal.
Fotos:
HOANG/HANSLUCAS POUR "LE MONDE"
Os governantes se tornam tolérantes a certas attitudes e depois se omissas. Quando a société se manifesta, por se ver indefesa, "defensores" dos DH aparecem de todo canto... O Liban é prova concreta de tolérance desmedida.
ResponderExcluirMande eles de volta ao país de origem que eu quero vê-los destilarem seus descontentamentos.