Jerusalém (TPS) - Uma reunião programada entre um assessor sênior da Autoridade Palestina (AP) e o parlamentar israelense Ofer Selah (do partido Yesh Atid), em um evento na Universidade Hebraica, foi cancelada no último minuto, na terça-feira (1/3) à tarde, em meio a informações de ameaças feitas contra a vida do assessor da Autoridade Palestina.
Mahmoud al-Habbash, um importante assessor do líder palestino Mahmoud Abbas, e o parlamentar Selah foram discutir diversos assuntos políticos, incluindo o processo de paz, a atual situação da segurança, e impedimentos para a paz, no evento previsto para terça-feira, 1 de março, no Instituto Truman para a Paz da Universidade Hebraica. De acordo com o diretor Menachem Blondheim, do Instituto de Pesquisa para o Avanço da Paz Harry S. Truman, as forças de segurança da AP informaram à universidade imediatamente antes do evento que ameaças foram feitas contra a vida de al-Habbash. Não ficou claro se as ameaças vieram de israelenses ou palestinos.
O professor Blondheim disse ao serviço de imprensa Tapzit (TPS) que as forças de segurança da AP que notificaram a universidade não especificaram de quem receberam as ameaças nem especificaram de qual lado.
Embora o professor Blondheim tenha afirmado que a universidade também recebeu várias ameaças e que os membros da organização Im Tirzu já haviam previamente se manifestado contra o evento, eles não consideraram graves o suficiente para impedir que o evento decorresse como planejado.
"Eu não estou surpreso, porque nós também recebemos ameaças que pareciam ser do lado israelense. Mas vivemos em um estado de paz e acreditamos que as forças de segurança podem controlar um evento quando dizem que podem. E nos garantiram que seria ok", explicou.
Blondheim expressou desapontamento no cancelamento do evento, sobretudo tendo em consideração o investimento e esforços envolvidos. No entanto, ele enfatizou que a paz continua a ser o objetivo final e que a universidade vai continuar a prosseguir esforços para criar um clima de compreensão mútua.
"Em princípio, nada vai mudar. E os nossos esforços para manter uma compreensão mais profunda entre os lados continuarão. Não vamos parar e não temos medo. A paz é absolutamente necessária. Nós só estávamos preocupados com a segurança dos nossos hóspedes, o porta-voz e o público ", disse Blondheim à TPS.
Fonte: TPS / Texto: Alexander J. Apfel / Tradução: Alessandra Franco / Foto: Hillel Maeir