Uma torre de energia solar com 240 metros e 121 megawatts, no coração do deserto israelense do Negev, alimentará 120.000 lares a partir 2017
Fonte: BrightSource Energy and Alstom
BrightSource Energy
Em novembro de 2013, o governo israelense assinou um acordo de concessão de 25 anos com a empresa do setor privado Megalim para a construção, operação e manutenção da maior torre solar do país, chamada Ashalim. A usina solar, cujos custos de construção são superiores a 3 bilhões na moeda local, Novo shekel israelense, ou 695 milhões de Euros, ainda está em construção e a expectativa é que esteja completa em 2017.
O projeto é uma parte essencial do compromisso de Israel em produzir 10 por cento de sua eletricidade a partir de energia renovável em 2020, já que a unidade irá produzir perto de 300 megawatts de energia, em torno de 2 por cento da capacidade de produção elétrica de Israel.
A Ashalim está sendo construída na parte sul de Israel, no deserto de Neguev, e será semelhante a atual maior usina solar do mundo, Ivanpah, localizada no deserto de Mojave, na Califórnia, que tem uma capacidade bruta de 392 megawatts. O complexo inteiro inclui dois projetos termosolares e um fotovoltaico. E geração elétrica termosolar é diferente da fotovoltaica, ou de painéis solares, pois concentra a luz solar para criar calor que aciona um gerador para produzir eletricidade.
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Uma equipe de milhares de engenheiros, técnicos e operários da construção estão atualmente trabalhando na torre de energia solar de 121 megawatt que funciona com a tecnologia chamada energia solar concentrada (CSP). Mais de 50.000 espelhos voltados para o sol e controlados por computadores, os quais cobrem uma área de 3,15 quilômetros quadrados, refletirão a luz solar sobre uma caldeira de água no topo de uma torre solar com 240 metros, localizada no centro.
Quando em operação, a Ashalim irá alimentar 120.000 lares com energia limpa e evitará 110.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono anualmente. De acordo com um recente artigo na Reuters, o governo garantiu a aquisição da eletricidade da Ashalim por um preço acima do mercado.
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Além dos benefícios econômicos e ambientais, o projeto também está promovendo a tecnologia de energia solar no país. Por exemplo, a construção de uma segunda torre solar na Califórnia foi cancelada por causa da indignação pública pelo calor da unidade matar um grande número de aves e a nova instalação israelense tem uma solução para este problema.
Um extrato de casca de uva vaporizado, que atua como repelente de aves, será pulverizado na área e será emitido o som de predadores naturais, para manter os pássaros afastados. A Megalim também desenvolveu um algoritmo que irá guiar a luz solar de forma a minimizar o aquecimento do ar no entorno dos espelhos.
A Megalim é uma sociedade entre a empresa Alstom, com sede na França, que é responsável pela engenharia e construção da usina solar e pela manutenção nos próximos 25 anos, e a BrightSource Energym, da Califórnia, que irá fornecer a altamente avançada tecnologia CSP. Mais de 80 por cento dos fundos são provenientes do maior fundo de infraestrutura de Israel, Noy Fund, financiado pelo banco Hapoalim, e pelo Banco de Investimento Europeu.