Forças de segurança israelenses estão preocupadas com a crescente atividade do Estado Islâmico entre os beduínos na área do Negev e está preocupado pois os membros deste grupo são cidadãos israelenses que podem realizar ataques terroristas.
De acordo com um relatório do jornal Haaretz, o serviço secreto interno Shabak (Serviço de Segurança Geral) está mais preocupado com a ameaça representada por uma possível célula terrorista israelense afiliada com o Estado islâmico do que com grupos jihadistas na Península do Sinai e no Golã sírio.
Na semana passada, o Shabak já havia desmantelado uma célula do Hamas que estava planejando ataques suicidas e carros-bomba contra israelenses. Um dos membros da célula, Muhammad Abu Daud Fahdi Qaian, 19, é um beduíno israelense do Negev, que aceitou perpetrar o ataque, afirmou o Shabak.
Durante o interrogatório, Abu Qaian revelou que em outubro passado concordou em realizar um atentado suicida ou dirigir um carro-bomba carregado de explosivos contra um alvo israelense. Abu ao Shabak confessou que além de ser um membro do Hamas, apoia o Estado Islâmico e estava ligado a grupos salafistas na cidade beduína de Hura.
Em outubro passado, um beduíno israelense matou um soldado das Forças de Defesa de Israel (IDF) e feriu onze pessoas em um ataque de arma na estação de ônibus em Beersheba. Um amigo disse que o terrorista estava apaixonado pelo grupo extremista islâmico.
Nos últimos dois anos, o Shabak realizou várias prisões de potenciais jihadistas beduínos, incluindo vários professores e dois médicos. Também foi relatado que um beduíno israelense morreu lutando nas fileiras do Estado islâmico em setembro de 2014.