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Amiram Ben Uliel |
Amiram Ben Uliel, 21, de Shiloh, e um menor de 17 anos, na área de Samaria, foram acusados de assassinato e cumplicidade no assassinato de três membros da família Dawabsheh na aldeia de Duma, 31 em julho passado.
Ben Uliel foi acusado de três assassinatos, duas tentativas de assassinato, vandalismo e conspiração para assassinato por razões nacionalistas.
O menor de 17 anos, cujo nome não foi publicado foi acusado de conspiração para assassinato por razões nacionalistas. Ele também é suspeito de estar envolvido em atos de vandalismo contra a Abadia dada Virgem Maria em Jerusalém.
Mais outros dois israelenses serão acusados de terrorismo antiárabe.Eles serão indiciados por envolvimento em incêndio de casa palestina.
Pai, mãe e bebê morreram no ataque, ocorrido em Duma, na Cisjordânia.
OS quatro judeus serão indiciados, neste domingo (3), em Israel, por envolvimento em atos de "terror violento contra árabes e suas propriedades", informou o Ministério da Justiça neste sábado. Dois dos acusados são menores de idade.
As acusações que serão apresentadas à Justiça estão relacionadas ao incêndio de uma casa palestina na aldeia de Duma, na Cisjordânia.
Três membros de uma família palestina morreram no episódio, ocorrido em 31 de julho do ano passado. No dia do incêndio, morreu o bebê Ali Dawabshé, de 1 ano e meio. Seu pai, Saad Dawabshé, morreu no hospital uma semana depois. A mãe, Riham Dawabshé, morreu após mais de um mês hospitalizada.
Comemoração
Na terça-feira (29), a polícia israelense anunciou a prisão de quatro homens suspeitos de comemorar, com outros extremistas judeus, a morte de Ali.
Eles aparecem em um vídeo divulgado por uma rede de televisão israelense, que mostra jovens judeus ortodoxos dançando durante uma festa de casamento, com armas de fogo e um coquetel Molotov enquanto apontavam para uma foto de Ali Dawabshé.
De toda a família palestina apenas uma outra criança, de quatro anos, sobreviveu. Ele sofreu queimaduras muito graves e continua hospitalizado em Israel.
Tensão
O ataque contra a família palestina Dawabshé deflagrou uma onda de indignação dentro e fora de Israel, aumentando a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu.
O serviço de Segurança Interna, Shin Bet, manteve os suspeitos sob detenção administrativa, chegando a negar-lhes a possibilidade de receberem um advogado durante parte do tempo em que estiveram presos e até a usar força física durante as investigações.
O Shin Bet negou ter usado métodos ilegais e cometido tortura, ressaltando que a investigação foi supervisionada pelo procurador Yehuda Weinstein.