Apesar de anunciar que interromperia a espionagem de aliados há cerca de dois anos, quando o grande esquema de monitoramento realizado pela Agência Nacional de Segurança (NSA na sigla em inglês) foi revelado ao mundo, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama continuou de olho em alguns de seus principais parceiros geopolíticos.
Entre os amigos que continuaram sendo monitorados estavam Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, e outras autoridades israelenses. Como os Estados Unidos costuravam um acordo para frear o programa nuclear iraniano, histórico inimigo de Israel, o que também finalizaria sanções internacionais contra o país do Oriente Médio, Netanyahu e outros líderes israelenses se colocaram contra o acerto.
Assim, conforme publicou o jornal Wall Street Journal nesta terça-feira (29), a administração de Obama manteve os olhos atentos nas conversas entre autoridades de Israel e políticos dos EUA. Para ser concluído, o acordo precisava da aprovação do congresso dos Estados Unidos, e Israel trabalhava em conjunto com grupos de judeus americanos para tomarem posições conjuntas contra o acerto. Além disso, propostas indecorosas sobre o que levaria legisladores indecisos a votar contra teriam sido feitas pelas autoridades de Israel.
Por isso, o governo do país norte-americano queria saber exatamente quais os argumentos utilizados pelos israelenses e, assim, tentarem contornar a situação e transformar o acordo em realidade. Ao espionar os israelenses, a NSA descobriu que o primeiro-ministro Netanyahu e os seus conselheiros também vazaram informações sigilosas do acordo que vinha sendo costurado entre EUA e Irã. E o mais curioso é que tais dados foram obtidos por meio de espionagens.
Fonte: Wall Street Journal
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