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Brasil abre crise com Israel com indicação de embaixador


Às vésperas de fim de prazo dado por Israel, mídia local diz que Brasília 'segura' nomeação de embaixador.

Chancelaria israelense aguardará até o fim de dezembro a aceitação ou recusa formal do governo brasileiro sobre indicação do ex-líder colono Dani Dayan.

Nos últimos dois dias, a imprensa israelense tem reagido quanto à demora do governo brasileiro em aceitar — ou formalmente recusar — o ex-líder colono Dani Dayan como novo embaixador no Brasil, indicado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, há quase quatro meses.

Segundo o Times of Israel, Brasília estaria segurando propositalmente o pedido de "agrément", esperando que, com isso, Jerusalém entenda o recado e proponha um novo embaixador para o país latino-americano. Para o jornal, o Brasil "tem mantido um silêncio gelado sobre a nomeação, em vez de emitir a confirmação habitual".

Dani Dayan foi dirigente de associação de colonos judeus em territórios palestinos durante seis anos.

Já de acordo com The Jerusalem Post, as autoridades israelenses expressaram preocupação na sexta-feira (18/12) sobre a possibilidade de uma "crise diplomática com o Brasil". Um oficial do Ministério das Relações Exteriores de Israel consultado pelo veículo destacou que a chancelaria "ainda está aguardando a aprovação do governo brasileiro de Dayan como embaixador".

Até o Haaretz, jornal de orientação mais progressista em Israel, tem levantado temores a respeito de uma "séria crise entre os dois países nos próximos dias". À publicação, a chancelaria israelense explicou que decidiu que aguardará até o fim de dezembro, "antes de qualquer reavaliação da nomeação ou de um pedido de esclarecimento formal sobre o atraso".

No início desta semana, o então embaixador de Israel no Brasil, Rada Mansour, retornou a Jerusalém. Há meses, ele tem expressado ao gabinete de Netanyahu seu desejo de deixar o posto na capital brasileira. Desde então, a principal missão diplomática de Israel em Brasília tem sido gerida por seu vice, informou a imprensa local.

Entenda o caso

A nomeação de Dayan foi anunciada publicamente pelo governo de Netanyahu no dia 6 de setembro.

Nascido em Buenos Aires e formado em Finanças, Dayan foi presidente do Conselho Yesha (2007-2013), órgão responsável por assentamentos judaicos na Cisjordânia que violam o direito internacional, bem como os acordos da ONU nos territórios palestinos.

As importantes posições ocupadas por Dayan na representação de organismos de colonos na Cisjordânia e a sua indicação  extraoficial por parte de Netanyahu são os dois principais motivos pelos quais — especula-se — o Itamaraty ainda não se posicionou quanto à aceitação do pedido de "agrément".

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2 Comentários
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  1. Alguns orgãos da Imprensa de forma desrespeitosa e provocadora, diz que a capital de Israel é Tel Aviv. Ocorre que não há nenhum orgão do governo de Israel em Tel Aviv. O parlamento é em Jerusalém, o governo idem. Pura provocação

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  2. O Governo brasileiro está perdidinho com os terríveis problemas internos, mas não deveria ignorar ou protelar assuntos de diplomacia. Aliás, dizem os observadores, a política externa do PT, tem sido um verdadeiro desastre para o país. Só Deus para nos ajudar, de tão complicada que está a situação por aqui.

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