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Subbotniks

SubbotniksOs  Subbotniks, eram camponeses russos na área de Voronezh, ao sul de Moscou, que se converteram ao judaísmo cerca de duzentos anos atrás. O termo "Subbotniks" surgiu a partir de sua garra para cuidar Subbut ou Shabat. 

No início do século XIX, o czar Alexandre I expulsou de suas casas e deportados para diferentes partes do império, como punição por terem  adotado o judaísmo. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos deles foram mortos pelos nazistas nas áreas da Rússia e da Ucrânia. Atualmente, cerca de 800 vivem em Vysoki Subbotniks que desejam retornar à tradição de seus pais e da terra prometida de Israel.

Há mais de dois séculos, um grande grupo de camponeses russos na região de Voronezh decidiu se converter ao Judaísmo, parte do que os historiadores descrevem como uma inexplicável onda de “seitas judaizantes” que apareceu no cenário teológico do país.

Eles passaram a ser conhecidos como “Subbotniks,”  graças à sua observância do Subbot, ou Shabat, dos judeus. Mesmo que não seja claro porque exatamente eles escolheram se tornar judeus, uma coisa é certa: Foi preciso muita coragem para desafiar o anti-semitismo e a discriminação opressiva da Rússia Czarista, a qual dificilmente poderia ser conhecida como um bastião de filo-semitismo.

Na verdade, desde o início, eles sofreram terrivelmente pela sua escolha de se tornarem judeus. Simon Dubnow, o grande historiador dos judeus da Rússia e da Polônia, observa que os Subbotniks chamaram a atenção do czar pela primeira vez em 1817, quando eles enviaram uma petição a ele para queixar-se sobre “a opressão a qual eles tinham tido que sofrer nas mãos das autoridades locais, tanto eclesiásticas como civís, por estarem cumprindo com as leis de Moisés.” Entretanto, o apelo deles provocou a fúria do Czar Alexander I, que desarraigou milhares de Subbotniks e expulsou-os para terras longínquas do império.
Subbotniks
“Os chefes e os professores das seitas judaizantes devem ser recrutados para o serviço militar, e aqueles que não sejam aptos para servir deverão ser deportados para a Sibéria,” diz um decreto emitido em 1823 pelo Conselho de Ministros da Rússia. “Toda manifestação visível da seita, tais como reuniões de oração e a observância de cerimônias as quais não tenham semelhança com aquelas dos cristãos, deverá ser  proibida,” ele continua.

Ainda assim, apesar de dois séculos de exílio forçado, perseguição e desprezo, os Subbotniks de algum modo conseguiram sobreviver, agarrando-se ao seu Judaísmo sob as mais árduas circunstâncias. Eles observaram o Shabat e cuidaram da cashrut (leis alimentares judaicas), rezaram diariamente três vezes e colocaram o tefilin (filactérios). Eles celebraram todos os feriados judaicos, de Iom Kipur a  Lag Ba’Omer, cozinharam sua própria matzá para Pessach e, até mesmo conseguiram em alguns casos enviar as suas crianças para estudar nas grandes ieshivot (academias rabínicas) da Lituânia no século XIX.

MAS SETE décadas de regime comunista cruel causaram grandes danos nos Subbotniks, bem como no resto dos judeus russos, apresentando novos desafios aos seus esforços para manter a sua identidade.

O regime soviético quis forçá-los à assimilação compelindo-os a trabalhar no Shabat, um esforço que provou ser em grande parte sem êxito. As autoridades também colocaram russos não-judeus no seu meio com a esperança de assim terminar com a estrutura tradicional e unida da vida comunitária dos Subbotniks.

Esta política soviética levou a um grande número de casamentos mistos entre a geração mais jovem da comunidade no início dos anos 60 e a um declínio no nível da sua observância  e conhecimento religiosos.

Numa visita a Vysoki no início desta semana, eu estive presente no serviço religioso da manhã de segunda-feira, o qual, embora seguindo precisamente o ritual ashkenazi, foi recitado todo em russo. O último membro  da comunidade que sabia ler as orações em hebraico era um homem de 93 anos de idade que fez aliá há dois meses. 

Na verdade, nos últimos anos, uns 500 Subbotniks somente de Vysoki, mudaram-se para Israel, onde todos eles mandam as sua crianças para escolas religiosas e vivem um estilo de vida judaico observante. Apesar disto, embora existam ainda outros 800 Subbotniks em Vysoki que desejam fazer aliá, o ministro do interior de Israel repentinamente começou a colocar obstáculos no caminho deles.

Candidatos de Vysoki freqüentemente tem que esperar por volta de três anos antes de receber uma resposta ao seu pedido de imigração, já que o Ministério do Interior trata-os com suspeita mesmo sendo que quase todos eles possuem familiares que já vivem em Israel.

Em meados de 2003, sob o então ministro do interior Avraham Poraz, uma decisão foi tomada para barrar a aliá dos Subbotniks casados com não-judeus, e como resultado disto muitas famílias, não desejando deixar um cônjuge ou filho na Rússia, escolheram não vir para Israel.

Esta política é precisamente o oposto da que está sendo aplicada para o resto da antiga União Soviética, onde a questão de quem é o cônjuge de cada um não tem influência alguma sobre o direito de vir para Israel.

“Não é justo,” me disse Lubov Goncharev durante um encontro em Vysoki. Os pais idosos de Goncharev, ambos os quais já na casa dos 70 anos de idade, estão planejando fazer aliá no final do mês mas o seu pedido de se juntar a eles foi negado porque o seu esposo não é judeu. “Eu também quero fazer aliá e criar as minhas crianças para serem judeus em Israel, então por que o governo não me deixará ir para Israel?”

Na verdade, os próprios Subbotniks disseram que concordariam em passar por um processo de conversão se isto removesse qualquer dúvida em relação ao seu status ou ao de seus cônjuges e crianças.

Mas isto parece não interessar muito ao Ministério do interior e como conseqüência disto, inúmeras crianças judias subbotniks estarão perdidas para o Povo Judeu e, possivelmente para sempre.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Dr. Velvl Chernin, um etnógrafo que trabalha como emissãrio da Agência Judaica em Moscou, estima-se que existam cerca de 10,000 Subbotniks dispersos em várias dúzias de comunidades em lugares tais como Rússia, Ucrânia e Sibéria. O Dr. Chernin diz que a assimilação imposta pelos soviéticos aos Subbotniks debilitou de tal maneira os laços da geração mais jovem com o Judaísmo que a menos que lhes seja permitido vir para Israel, eles em grande parte desaparecerão em uma ou duas gerações.

É simplesmente impensável que o governo isrelense deixaria tal injustiça acontecer. Os Subbotniks enfrentaram a crueldade czarista e a repressão soviética para serem judeus, correndo grande risco sobre as suas vidas e o seu bem-estar. Como pode agora o Ministério do Interior fechar-lhes a porta de maneira tão insensível e torpe?

É obrigação do governo reverter a política do Ministério do interior e permitir que todos os subbotniks restantes venham para Israel. Eles estão prontos e dispostos a fazer tudo o que seja necessário para serem aceitos de volta pelo Povo Judeu e pela sociedade israelense, então não há nenhuma razão para não trazê-los para cá.

Embora eles possam parecer como típicos camponeses russos, com as feições e maneiras familiares a qualquer um que tenha assistido o filme “Violinista no Telhado” (“Fiddler on the Roof”), não devemos deixar que as aparências nos enganem.

Os Subbotniks são judeus em todos os aspectos e é hora de que Israel traga-os para casa.

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