(TPS) - Cerca de 1 mil moradores, incluindo crianças em idade escolar das comunidades da Judéia, Kiryat Arba, Hebron e Gush Etzion, protestaram frente ao gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém, durante a reunião do gabinete no domingo (22/11). Nos últimos três dias, dois israelenses, um cidadão norte-americano e um palestino foram assassinados por terroristas palestinos em Gush Etzion, além de, na outra semana, o rabino Yaakov Litman e seu filho, de Kiryat Arba,terem sido assassinados em tiroteio terrorista.
Avi Shushan, chefe do Departamento de Educação em Kiryat Arba e o principal coordenador do protesto, observou que moradores israelenses da região da Judeia, de todas as idades, interromperam suas atividades diárias normais para participar do protesto. Eles se reuniram para exigir mais ação por parte do governo de Israel na luta contra a atual onda de terrorismo."Hoje paramos nossas vidas juntamente com a escola, a fim de exigir do primeiro-ministro mais segurança", disse Shushan no protesto.
Malachi Levinger, prefeito de Kiryat Arba, que fica perto de Hebron, também participou do protesto. "Estamos aqui para dizer 'não mais'", exclamou Levinger. "Nós não estamos dispostos a continuar com esta situação. Nós queremos ser um povo livre em nossa terra. Queremos dirigir de casa para Jerusalém e Beersheba com segurança. Eu estou exigindo do primeiro-ministro para começar a lutar contra o terrorismo".
Levinger sugeriu fazer ajustes no controle de tráfego, a fim de conter o terrorismo. "Qualquer estrada onde tiros foram disparados deve ser fechada ao tráfego árabe", exigiu Levinger. "A Rota 60 deve ser fechada ao tráfego árabe".
A Rota 60 é uma estrada principal que atravessa a Judéia e Samaria e se estende desde Beersheba para Nazaré. Um grande número dos recentes ataques terroristas na Judéia, que mataram israelenses, ocorreram ao longo da rodovia 60.
Membros proeminentes do parlamento, da coalizão, também falaram durante a manifestação para expressar sua solidariedade com os participantes, incluindo membros do partido Likud do primeiro-ministro Netanyahu, que se dirigiram à multidão de manifestantes.
O Ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Uri Ariel, do partido ‘Casa Judaica’, exigiu uma ação significativa de Netanyahu. "O que vai ser eficaz nesta guerra é a expulsão dos terroristas", disse o ministro Ariel. "O Gabinete tem de determinar que os árabes não viajem em locais onde eles atacaram judeus, mas em vez disso eles devem viajar por vias alternativas."
Em correlação, o ministro Ariel também exigiu mais construções de casas judaicas na Judéia e Samaria. "Estamos exigindo do primeiro-ministro que reforce a segurança, mas em paralelo, devemos continuar a construir na Judéia e Samaria", disse o ministro Ariel. "Estamos trabalhando para que o primeiro-ministro tome medidas que adotem estas recomendações e fortaleça suas mãos na construção em Jerusalém, e esperamos que ele construa mais por toda a Jerusalém e Judéia e Samaria".
Outros membros do parlamento falaram, inclusive membros do partido Likud, do primeiro-ministro Netanyahu, como o parlamentar David Amsalem. "O Estado de Israel deve fazer todo o possível para proteger os moradores", sublinhou Amsalem. "Eu estou exigindo do ministro da Defesa que coordene todos os esforços. O exército deve concentrar os seus esforços (na Judéia e Samaria), assim como em todo o país".
O vice-ministro da Cooperação Regional, Ayoub Kara, que é membro do Partido Likud, e é de origem druso-israelense, expressou sua solidariedade. "Eu parei tudo para vir e dizer que eu estou com vocês, amo vocês, e eu vim para dar forças para vocês", disse o parlamentar Kara para os manifestantes. "Temos de mudar substancialmente a forma como lidamos com o terrorismo. Vamos fazer de tudo para salvá-los".
Enquanto acontecia a manifestação, no domingo, um terrorista palestino esfaqueou e matou uma jovem mulher israelense no cruzamento Gush Etzion, na Judéia.
Fonte: TPS / Texto: Jonathan Benedek, com a contribuição de Anav Silverman / foto: Hillel Maeir / Tradução: Alessandra Franco