A série de preces Selichot (súplicas) recitada em preparação
para os "Dias de reverência" de Rosh Hashaná e Yom Kipur começa neste
sábado à noite, após a meia-noite (segundo o costume ashkenazita; a comunidade
sefaradita começa a 1º de Elul). Nos dias subseqüentes, o costume é recitar as
Selichot nas primeiras horas da manhã, antes das preces matinais.
Elul é tradicionalmente uma época de introspecção e
inventário – um tempo para rever as próprias ações e o progresso espiritual no
ano que passou, e de preparar-se para os “Dias de Reverência” de Rosh Hashaná e
Yom Kipur.
Sendo o mês do Perdão e da Misericórdia Divina, este é um
tempo oportuno para teshuvá (retornar a D’us), prece e caridade na busca pelo
auto-refinamento e para se aproximar mais de D’us. O mestre chassídico Rabi
Shneur Zalman de Liadi compara Elul a um tempo em que “o rei está no campo” e,
em contraste com o tempo em que ele está no palácio real, “todos que assim
quiserem podem conhecê-lo, e ele recebe a todos com um semblante amigável e
mostra a todos uma face sorridente.”
Os costumes específicos de Elul incluem o toque diário do
shofar (chifre de carneiro) como um chamado ao arrependimento. O Báal Shem Tov
instituiu o costume de recitar três capítulos adicionais de Tehilim a cada dia,
de 1º de Elul até Yom Kipur (em Yom Kipur os restantes 36 capítulos são
recitados, completando assim o livro inteiro de Tehilim).