"No Shabat, quando sabiam que não seríamos capazes de responder ou ativar o dispositivo de comunicação, eles simplesmente derrubaram a cerca, empurraram os postes de luz e câmeras de segurança e causaram danos estimados em meio milhão de dólares," disse Eliezer Kirshboim, presidente e diretor da associação judaica em Uman. "Estamos nos aproximando das Grandes Festas e isto perturba todos os nossos projetos de trabalho."
Embora a informação sobre o incidente tenha sido transferida para os mais altos escalões diplomáticos, nenhum suspeito foi preso ainda.
Kirshboim acrescentou que ativistas de direita antissemitas procuravam "assediar os hassídicos", a fim de ganhar pontos políticos entre o público local. "Quem quer que assedia os hassídicos tem uma melhor chance de ganhar as eleições em outubro", disse ele.
De acordo com Kirshboim, o atual prefeito foi "nomeado" por membros do partido nacionalista Svoboda, após a revolução na Ucrânia. "Não há estado de anarquia aqui", disse ele. "Tudo que eles querem é um suborno para provar que eles estão assediando os hassídicos."
Apesar dos hassídicos recentemente terem investido centenas de milhares de dólares no desenvolvimento da cidade, as autoridades ainda são hostis com eles. "Estamos com a impressão de que seu objetivo é que os hassídicos não sejam bem-vindos na Ucrânia", disse Kirshboim.
O Procurador Genadi Beloritski, que representa os hassídicos, explicou que, embora eles fizeram uma grande contribuição para o desenvolvimento da cidade, os grupos nacionalistas têm muita influência sobre as autoridades locais e continuam a interromper e perturbar a sua atividade na área.
Como exemplo, ele apontou para o fato de que as autoridades falharam em conceder a licença para o acampamento hassídico, embora os hassídicos possuam 70 por cento de sua área.