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Diferenças entre Beit Midrash e Sinagoga

Diferenças entre Beit Midrash e Sinagogas
Sinagoga Kahal Zur Israel, Recife

O termo "sinagoga" tem origem na palavra grega συναγωγή, composta de σύν [sýn],“com, junto”, e ἄγω ['ago], “conduta, educação”, cujo significado amplo seria "assembleia”. 

Em língua hebraica, o lugar de reunião recebe o nome de בית כנסת, transliterado para beit knésset e traduzido para "casa de reunião". Também pode ser chamada בית תפילה, beit tefiláh, ou seja, "casa de oração".

Em língua iídiche, o termo é šul ou shul (שול), com origem no latim schola, o que expressa o hábito de se referir à sinagoga como "escola". Um exemplo desse uso é a Piazza delle Cinque Scole, no velho Gueto de Roma. Entre judeus da nação portuguesa é comum chamar de esnoga ou as variantes esnoa e scola. Entre judeus reformistas é comum o nome de Beit Midrash.


Origem histórica

Por volta de 587 a.C., o Reino de Judá foi conquistado pelos Babilônios e sua população dispersa. Depois do regresso do exílio na Babilônia que o judaísmo começou a se desenvolver, com o culto a centrar-se na sinagoga, um hábito adquirido na Babilônia devido à inexistência de um templo. A sinagoga passou a funcionar como um ponto de encontro dos judeus para as orações e para a leitura das Escrituras. 

A sinagoga não se limita ao prédio. As reuniões dos israelitas no judaísmo pós-destruição do templo eram feitas em casas privadas, e ainda há sinagogas (que preferem o uso do termo: Beit Midrash) que se reúnem em casas privadas. 

Naquele período a instituição da sinagoga popularizou-se. No século I da era comum havia cerca de 394 ou 480 na região de Jerusalém somente. A sinagoga mais antiga a ter um registro seria aquela de Jericó, perto das ruínas de um palácio Hasmoneus, descoberta junta a uma piscina de mikvah perto do Kelt Wadi pelo professor Ehud Netzer e primeira do século a.C. 

Após a destruição do templo pelos romanos em 70 dC, houve a proibição de erguer sinagogas na Palestina. Não obstante, há na região cerca de cem ruínas de sinagogas do período do segundo templo e dos primeiros séculos da era comum como a notável Sinagoga de Cafarnaum.


Além do judaísmo rabínico, as sinagogas inspiraram locais de culto de outras religiões nascidas do mesmo período, como as sinagogas samaritanas, igrejas cristãs e kenesa caraítas.

Segundo descobertas arqueológicas recentes, a primeira sinagoga fundada nas Américas foi a Sinagoga Kahal Zur Israel, construída no Brasil em 1637 e cujas antigas ruínas encontram-se cuidadosamente preservadas na cidade de Recife, no mesmo local onde foi posteriormente construído o Centro Cultural Judaico do Estado de Pernambuco. 

Qualquer comunidade habitada pelo menos por dez judeus adultos deve ter um local designado onde possam se reunir para a prece. Habitantes de uma cidade pequena podem se reunir para construir uma sinagoga e comprar um Sêfer Torá. Os membros devem incentivar e persuadir uns aos outros a comparecer aos serviços.


Uma sinagoga pode ser um prédio ou sala reservada para a oração e o estudo. Este sempre foi e ainda permanece sendo seu propósito fundamental. Mesmo assim, em toda a literatura rabínica, apenas uma vez (Gitin 39b) foi mencionada como uma Casa de Oração (Beit Tefilá). Desde seu início, após a destruição do Primeiro Templo em 596 entes de nossa era, até os dias de hoje, tem sido geralmente chamada de Beit Knesset, que significa literalmente Casa de Assembleia, ou Casa de Reunião.

Sinagoga em Portugal

Seu papel adicional mais notável tem sido como centro de estudo religioso. Assim o termo Beit Midrash, Casa de Estudo, tornou-se quase sinônimo de Beit Knesset. O Beit Midrash pode ser uma sala separada conjugada ao Beit Knesset, ou o mesmo local, usado com os dois objetivos.

O estudo de Torá tornou-se apenas parte integrante do serviço da Beit Midrash, como também grupos de estudos se reúnem antes ou depois dos serviços com o propósito de estudá-la. O papel da sinagoga como um Beit Midrash, local para a educação contínua, tem permanecido constante.

A sinagoga é considerada um local que ocupa o segundo lugar em santidade, ficando atrás somente para o Templo (o que foi destruído em 70 e resta um pedaço do muro da cidade), conhecidas também como o mikdash me'at, o pequeno santuário. Este termo se deriva de Ezequiel 11.16, onde está escrito "mesmo assim tenho sido para eles como um pequeno santuário."

A sinagoga é apenas um instrumento da fé judaica. Embora relevante em seu papel, não constitui a parte central do judaísmo, pois ele não está alicerçado em qualquer instituição, mas na Torá Escrita. A sinagoga é um local que contribui para a coesão da comunidade e é lugar sagrado somente em virtude do uso que se faz dele, como as orações e o estudo da Tanach.

Os serviços religiosos podem ser conduzidos por leigos, membros da instituição, que devem possuir conhecimento e treino para fazê-lo (chamados de Moréh e Rosh). A administração e manutenção da instituição geralmente ficam a cargo deles, que podem ser voluntários ou eleitos para ocupar postos de liderança.


Até que ponto uma sinagoga pode ser uma expressão do Judaísmo – além de sua função como local de reunião para a oração e estudo – é determinado em grande parte pelo tipo de pessoas que a dirigem e também pelo nível e comprometimento entre todas as Beit Midrash e Sinagogas.

A Sinagoga Como Instituição


Sinagogas são instituições autônomas? Até pouco tempo se pensava dessa forma, porém estudos mais acurados da Tanach nos ensinaram preciosos princípios sobre Unidade. HaShem é Um, uma Unidade Absoluta, e não uma unidade composta. O judaísmo, é om povo de uma único LIVRO – A Tanach – Uma única Fé (Emunáh), somos um único Povo Eleito, isso nos torna diferentes apenas em relação a Hashem, na direção vertical, pois, na direção horizontal somos todos iguais, todos, como seres humanos e carentes da misericórdia do eterno necessitamos nos unir para sermos fortes.

Já basta o mau exemplo de desunião do cristianismo, as pesquisas apontam para mais de 40.000 igrejas diferentes, com credos diferentes e organizações diferentes, contraditórias uma das outras.

Qual foi sempre o desejo e vontade de HaShem em relação a Seu Povo Israel? A melhor resposta está em Juízes 20.11 Se faz necessária a leitura atenta para entender, que desunião nunca fez parte do Projeto Divino para seu Povo. (veja também Jeremias 50.5).


David estava em situação difícil, ele necessitavas de um exército unido para conquistar a terra prometida, então alguns da tribo de Benjamim e de Judá, desejaram se juntar a David, veja o que o rei disse: “Se vos vindes a mim pacificamente e para me ajudar, o meu coração se unirá convosco...” (1 Crônicas 12.16-17). Nada pode ser mais precioso aos olhos do mundo do que ver um judaísmo UNIDO, vibrante, motivado, todos tendo um só coração e alma judaica. 





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