Oficiais da inteligência estadunidense comparam um documento recém-descoberto do grupo terrorista EI com o livro de Hitler “Mein Kampf,” porque ambos culpam Israel pelo aparecimento do EI e também chama ao presidente norte-americano, Barack Obama, de “mula dos judeus”.
O documento de 32 páginas, escrito em língua urdu, foi descoberto na região tribal remota do Paquistão pelo The American Media Institute (AMI). De acordo com o documento, a solução de todos os problemas mundiais é a “batalha do fim do mundo” (descrita em seis páginas), após a qual o líder islâmico deve se tornar o governante de um bilhão de muçulmanos no mundo e chamar o seu reinado de “califado”.
O aposentado chefe da agência de inteligência e defesa dos EUA, general Michael Flynn, e outros oficiais da inteligência norte-americana analisaram o documento e, segundo Flynn,
“O documento serve como um instrumento de recrutamento, semelhante aos que existiam no nazismo, que tenta unir dezenas de fações do Talibã paquistanês e afegão em um exército terrorista único”.
O tom do documento parece bastante direto, opina Sara Carter do AMI e cita um excerto dele:
“Aceita o fato de que o califado não sobreviverá e prosperará até tomar o mundo inteiro e decapitar a última pessoa que se revolte contra Alá. Esta é a verdade amarga, engole-a.”
O documento descreve também a história do Estado Islâmico desde anos 1990 e explica por que razão em 2011 o seu líder, Abu Bakr Bagdhadi, explodiu carros-bombas para vingar a morte de Osama bin Laden:
“Centros urbanos no Iraque explodiram com carros-bombas e dispositivos explosivos improvisados. As perdas infligidas aos americanos, apóstatas e heréticos foram sem precedentes, bem como a taxa de suicídio de soldados norte-americanos. […]
Este estado de coisas forçou a mula dos judeus, o presidente norte-americano Obama, a anunciar o plano de saída.”