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Brasileira sofre antissemitismo em Florença

Brasileira sofre antissemitismo em Florença
Eduarda Szpilman
Depoimento de Marcelo Szpilman: “Ontem, minha filha Eduarda Szpilman sofreu um ataque antissemita em Florença. Ela estava na estação de trem e entrou em uma livraria para passar o tempo enquanto esperava seu trem. 

Sentou-se numa mesa e pôs-se a mexer no celular. Detalhe importante: ela usava um colar com pingente no formato do Alef (letra A em hebraico), símbolo judaico quase tão comum quanto a Estrela de David. Um senhor na mesa ao lado, vendo um livro, perguntou as horas em italiano. Ela respondeu em espanhol acreditando que ele entenderia. Ele perguntou se ela era espanhola e ela respondeu ser brasileira. 

Ele então perguntou se ela falava inglês e, ao receber a resposta positiva, entregou um papel (já pronto) para ela ler. Entre outras coisas, estava escrito que tem muito judeu no mundo, Obama é amigo de judeu, judeu é corrupto, que os judeus estão no poder e estão dominando o mundo. Em seguida levantou-se e começou a gritar que muita gente morreu por causa dos judeus e outras barbaridades. Assustada com aquela situação inédita (para ela), levantou-se e saiu da livraria antes que algo mais acontecesse.

Nesse caso, não dá pra falar "mas que mundo nós estamos ou a que ponto chegamos", pois trata-se de um antigo movimento de ódio antissemita, que vem de séculos passados, bastante exacerbado e disseminado pelos “Protocolos dos Sábios de Sião”, documentos falsos, anunciados como autênticos pelo Império Russo no início do século XX, que alegavam haver uma conspiração judaica planejada para assumir o controle do mundo, e que alimentaram sentimentos e ações antijudaicas na Europa, EUA e outros locais do mundo. 

Até hoje, como se vê, pessoas medíocres e fracassadas continuam canalizando suas frustrações e invejas em antissemitismo gratuito. Infelizmente, eu e sua mâe, Roseny Corrêa Soares, estávamos certos quando recomendamos a ela que não usasse o cordão na Europa. Como toda jovem, não seguiu nosso conselho por achar bobagem. Sinto-me impotente por não estar ao lado dela nesse momento e fico triste pelo aprendizado (e choque de realidade) que ela foi forçada a ter”.

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