O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que seu governo está empenhado, "hoje mais do que nunca", em evitar que o Irã tenha armas nucleares e acrescentou que, se não fosse pelos "esforços" de seu país, o governo em Teerã já as teria há tempos.
"Nosso compromisso é o de evitar que o Irã obtenha as armas nucleares e (esse compromisso) segue vigente hoje mais do que nunca", afirmou o primeiro-ministro em um comparecimento no parlamento (Knesset) de seu país.
Segundo Netanyahu, as potências que negociam com o Irã em Viena (Áustria) "estão decididas a assinar qualquer acordo". Ele pediu "a todos que acreditam que a segurança de Israel é importante para que se somem" ao compromisso de evitar que o Irã tenha capacidade nuclear.
O primeiro-ministro também falou das manifestações do último fim de semana em Teerã nas quais o presidente Hassan Ruhani "liderou uma marcha de ódio pelas ruas e onde a multidão gritava 'Morte a América' e 'Morte a Israel'".
"Se não fossem nossos esforços, o Irã já poderia ter se rearmado há tempos", disparou.

Hoje, o ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, advertiu que um eventual acordo poderia abrir uma corrida nuclear na região, com países como Arábia Saudita, Egito e Turquia tentando desenvolver suas próprias armas atômicas.
Em um comparecimento perante a Comissão parlamentar de Defesa e Exteriores, ele criticou o que considerou ser "um mau acordo", e disse que se trata de uma tentativa de "legitimar as violações por parte do Irã de resoluções do Conselho de Segurança e de tratados de não-proliferação".
"A nosso ver, segundo os dados que conhecemos, embora possa haver avanços de última hora, se trata de um mau acordo, porque basicamente permite ao Irã se transformar em um estado nuclear com tudo o que isso envolve", disse Yaalon.