As Forças de Defesa de Israel, o Shin Bet (Serviço de Segurança israelense semelhante ao FBI) e a a polícia israelense descobriram uma importante rede de terror e célula militar em Nablus.
Aproximadamente 40 membros do Hamas foram presos durante a operação conjunta, que vem se desenrolando há meses.
"O objetivo da rede era incrementar as atividades do Hamas na Judéia e Samaria, inclusive preparando terreno para ataques terroristas", informou um agente do Shin Bet à Agência Tazpit de Notícias. Informações obtidas das pessoas detidas indicam que essa célula era o núcleo de uma extensa rede que o Hamas havia estabelecido na Judéia e Samaria.
"A rede possui uma elaborada infraestrutura e administração, cuja sede é em Nablus," prosseguiu a fonte. "Seus comandantes regionais colaboraram em um vasto espectro de assuntos, incluindo educação, questões financeiras e jurídicas, comunicação, informação, auxílio a prisioneiros do Hamas em Israel e operações militares."
Entre os detidos está Ghannam Tawfiq Salameh, um agente sênior de Nablus que serviu como comandante da célula e que segundo Shin Bet é conhecido por suas tentativas passadas de estabelecer uma ramificação do Hamas na cidade.
Um dos mais notáveis aspectos da rede é o seu alto nível de organização financeira. A subdivisão do Hamas em Nablus foi sustentada por um intrincado sistema de transferência de dinheiro que envolvia contrabando de ouro e jóias da Jordânia para territórios controlados por Israel. Uma joalheira local de Nablus era usada como "lavanderia" para os itens contrabandeados. Os lucros da venda do ouro e das jóias - comprados por agentes estrangeiros do Hamas - eram usados para financiar as operações da rede.
Durante a operação, Shin Bet e a polícia israelense confiscaram aproximadamente 4 milhões de shekels (cerca de 1 milhão de dólares) em ouro e jóias. A investigação foi repassada a um procurador militar da Judéia e Samaria, que deve oficializar as acusações contra os suspeitos nos próximos dias.
Fonte: Tazpit Brasil / Texto: Ben Niran / Tradução: Graziela Dreilich
Foto: O esquema de comando da rede / crédito: Shin Bet