
O Knesset (Parlamento) aprovou na segunda-feira, dia 20 , por 69 votos a 17, uma emenda ao Código Penal que estabelece a condenação de até 20 anos de prisão para que atire pedras, mesmo que não tenha a intenção de provocar danos.
Os confrontos entre palestinos e o exército de Israel é frequentemente violento e o arremessar pedras é um símbolo da resistência palestina desde a primeira Intifada, o levantamento popular ou guerra das pedras, que começou no fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990.
A ministra da Justiça, Ayelet Shaked (na foto), membro do partido ultra-nacionalista Casa Judaica, congratulou-se com a decisão do parlamento e disse: "Hoje, é feita Justiça (...) Termina hoje a tolerância a terroristas. Os atiradores de pedras são terroristas e só uma pena adequada pode servir como punição justa de forma a dissuadi-los."
A proposta de alteração de lei surgiu após uma série de protestos violentos em Jerusalém ocorridos em 2014. Os seus proponentes argumentaram que a actual legislação limitava o poder da polícia e da própria Justiça em punir aqueles que atiram pedras, por a lei exigir que teria de ser comprovada a intenção de provocar danos.
Até agora, a lei punia com três meses de prisão as pessoas que atirassem pedras sem causar grandes estragos materiais e, segundo o Knesset, Israel tem registado cerca de mil acusações por ano contra quem atira pedras.