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Diferenças entre hebraico e ídiche

 Yiddish-Hebrew-Latin-German dictionary 
O hebraico, que surgiu entre 1.5000 a.C. e 2.000 a.C. na região de Canaã, atual Israel, é uma língua oriental e semítica, assim como o aramaico e o árabe. Na escrita, há apenas consoantes, e os sons de vogal são marcados por sinais em cima das letras. 
“É uma língua que tem muita lógica e seus verbos são constituídos por três letras, que podem ser identificadas nas palavras, revelando seu significado”, explica Genha Migdal, responsável pelo curso de ídiche da USP.

Já o ídiche apareceu por volta dos séculos 10 e 11, perto da fronteira entre França e Alemanha. O idioma foi criado para fazer segredo. “Ele surgiu como um dialeto do alemão medieval a partir da necessidade dos judeus de falarem entre si sem que os cristãos os compreendessem”, afirma o supervisor do setor de hebraico da Faculdade de Letras da UFRJ, Leopoldo Oliveira. 

Diferentemente de sua língua-mãe, o iídiche é uma língua ocidental que utiliza a grafia hebraica, com o acréscimo de vogais, e que sofreu influência dos dialetos germânicos medievais – a base do ídiche. É por isso que muitos o conhecem como “judeu-alemão”.

A diáspora dos judeus para o resto da Europa durante o século 13 – principalmente para o Leste do continente – e a gripe espanhola fizeram o iídiche ganhar influências de outros idiomas. “Ele é uma língua de fusão, constituída por cerca de 35% de elementos germânicos, 30% de componentes hebraicos, 30% de eslavismos e 5% de elementos internacionais”, afirma Genha. 

O extermínio de judeus durante o Holocausto quase extinguiu o iídiche. Atualmente, quem fala o idioma são as gerações mais velhas e aqueles que têm interesse acadêmico.

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