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A Arte de Amar o Bem

Coisas Judaicas
Ahavat Chéssed
Autor: Chafets Chaim
Páginas: 245
Prefácio:
Prefácio à Edição Brasileira

“Amar o bem” – e não somente fazer o bem.

“Amar o bem” é procurar todas as oportunidades para ajudar o próximo e fazê-lo se sentir melhor.

“Amar o bem” demonstra que a bondade já faz parte de seu caráter, que sua essência é voltada ao próximo, e não ao seu ego.

O sábio Hilel, quando questionado por um gentio que queria se converter, para que lhe ensinasse toda a Torá “resumida numa frase”, respondeu:

– “O que não queres que façam a ti, não faça aos outros – esta é toda a Torá. O resto, vá e estude!”

Um sábio perguntou como as leis da Torá de Shabat, Tefilin, Casher etc. estariam englobadas nesta Mitsvá.  A resposta é que quando alguém pára de ser egocêntrico e começa enxergar os outros, ele consegue chegar à verdadeira fé, se procurar a verdade.  O egoísta tem seus próprios interesses como obstáculos para chegar à verdade.  Ser altruísta é a base de toda a Torá.

Existem gênios do pensamento, gênios do Talmud, gênios da Cabalá.  Nosso livro nos ensina como podemos ser “gênios da bondade”, inspirados nos ensinamentos do Chafets Chaim – esse, sim, um verdadeiro gênio do caráter que iluminou as gerações que precedem a vinda do Mashíach com seus ensinamentos sobre as Mitsvót “entre o homem e seu próximo”.

Iniciamos o livro com a parte 2, que trata da importância de Chéssed (benevolência) e Tsedacá (caridade), seguida da parte 3, que cuida de Mitsvót específicas:  os capítulo 1 e 2 tratam da Mitsvá da hospitalidade, o capítulo 3 trata da Mitsvá de visitar os doentes, o capítulo 5 trata da Mitsvá de consolar os enlutados e o capítulo 6 trata da Mitsvá de alegrar os noivos etc. No final trouxemos o capítulo 9 e 10 da parte 1, que tratam de leis referentes a pagamentos de empréstimos (os demais capítulos da parte 1 foram excluídos por serem menos práticos para a maioria da comunidade).

Encerrando, imprimimos uma coletânea de ensinamentos do sábio rabino Iehonatan de Wolin, que costumava lê-la duas vezes ao dia e que foi impressa no fim das edições anteriores deste livro.

Para facilitar seu estudo, dividimos o livro em 30 partes, para aqueles que quiserem estudá-lo de forma diária e sistemática.

Esperamos que a leitura e o estudo desta grande obra faça com que cada um de nós aumente seus atos de benevolência e o amor entre todos, aproximando assim a Gueulá Shlemá, Amém.

Rabino Raphael Shammah


1. O que é “Ahavat Chéssed”?

2. Por que a Torá incentiva amar o Chéssed?

3. Por que se ocupar da bondade?

4. A grandeza da bondade

5. Recompensa: outros aspectos

6. Uma explicação mais ampla sobre a recompensa

7. A dimensão do dano em negar caridade e Chéssed

8. Por que as pessoas são negligentes em cumprir    esta Mitsvá?

9. Refutação da ignorância

10. O mal da avareza

11. Refutando a preguiça: a busca vigorosa do serviço Divino

12. Uma Mitsvá para todos os dias

13. Destinando parte dos ganhos para empréstimos

14. Guemilút Chéssed – atos de benevolência

15. Empréstimos do tipo “heter iscá”

16. Estabelecendo fundos de “Guemach”

17. A importância da caridade

18. Dê o dízimo e você enriquecerá!

19. O que é certo fazer com o dízimo?

20. ...Mas também não se pode exagerar

21. Provendo suporte para prevenir colapsos

22. Emprestando bens pessoais

23. Como proceder ao conceder um empréstimo

24. A importância de saldar dívidas


Parte 3

1. A arte da hospitalidade

2. Como tratar os hóspedes

3. Visitando os doentes

4. Não deixe tudo para a última hora

5. A bondade verdadeira (consolando os enlutados)

6. Alegrando os noivos

7. “Bem-aventurado o que atenta para o debilitado...”

8. Fazendo Chéssed com palavras

Excerto da Parte 1

  9. Leis referentes ao pagamento de salários

10. Leis referentes ao pagamento de empréstimos

Epílogo

Coletânea de Conselhos Preciosos

Introdução à Edição Brasileira

Por volta do ano 5646 (1876), o Gaon rabino Israel Meir Hacohen Kagan – mais conhecido como Chafets Chaim – começou a compilar esta incrível obra: o Sêfer Ahavat Chéssed. Este livro, que trata do tema Chéssed (bondade) é, na realidade, um volume associado ao Sêfer Chafets Chaim, sobre assuntos ligados a proibição de Lashon hará (maledicência), pois ambos estão baseados no mesmo trecho:

“Quem é o homem que deseja a vida (chafets chaim) e que ama os dias para ver o bem? É aquele que protege a sua língua do mal e que não permite que seus lábios profiram mentiras; que se afasta do mal e faz o bem, procura a paz e luta por ela.”
(Salmos 34:13-15)
“A Arte de Amar o Bem” é, sem dúvida, uma obra que envolve o leitor e anula por completo todas as desculpas e pretextos que somos capazes de encontrar para não ajudar o próximo ou praticar atos de caridade.1

Vários acontecimentos atuais estão despertando o mundo para a prática da caridade. Países com sérios problemas de pobreza e fome, acometidos por tragédias e guerras, sendo ajudados por países mais desenvolvidos. Isso também foi profetizado pelo Chafets Chaim nesta obra, que prevê que, na era Messiânica, o que amenizará as dores da redenção serão os atos de bondade praticados no planeta.

No entanto, está claro que não há por que esperar por estes acontecimentos para nos despertar e olharmos pelo próximo.

No livro Daat Tevunot de autoria do rabino Moshe Chaim Luzzatto, encontramos a essência e o segredo para nos tornarmos pessoas mais sensíveis às causas humanas: devemos nos espelhar nas virtudes do Criador para alcançarmos o verdadeiro lapidar de nosso caráter, como é dito aqui na obra do Chafets Chaim,2 “da mesma forma que o Criador é piedoso, sejamos piedosos...”.

Ele ainda acrescenta: “Coloque um espelho na sua frente e caminharás olhando para o outro como se fosse você mesmo”. Não olhe para o seu colega desamparado somente com um olhar de pesar e pena, mas encare como uma oportunidade de ajudá-lo e fomentar nem que seja apenas mais um sorriso nesse mundo desigual.

O Chafets Chaim traz uma verdadeira e dura realidade:3 Muitas pessoas costumam gastar, muitas vezes exageradamente, o seu dinheiro para comprar artigos religiosos como Chanukiót, copos de kidush, tefilin, etroguim, etc... e, em contra partida,  quando devem praticar a mitsvá de tsedacá apresentam uma grande dificuldade para agir da mesma forma.

O Maharshá (Sucá 49b) esclarece que a mitsvá de ajudar o próximo é a maior de todas as mitsvót.

O Talmud Ierushalmi cita (Peá 1:1): “Tsedacá e Guemilut Chassadim equivalem a todas as mitsvót da Torá.”

Caros leitores, saibam que este livro traz ainda uma valiosíssima informação: o Chafets Chaim revela abertamente o melhor investimento que existe no mercado financeiro.4 Imagine uma oportunidade única onde com uma pequena soma de dinheiro você consegue um lucro imediato e ainda adquire créditos no banco mais seguro do mundo e, além disso, os lucros são acumulativos por vários e vários anos. Você não iria correndo aproveitar essa oportunidade?

Isso acontece quando praticamos Chéssed, como é dito em (Peá 1:1) Elu devarim shehakeren... “Essas são as mitsvót que recebemos a sua recompensa nesse mundo e o saldo ainda fica acumulado para o mundo vindouro”. Uma delas é a mitsvá de Guemilút Chassadim.

Assim relata também o livro Ialcut Shimoni 103: “A bondade praticada agora faz com que o homem colha seus frutos até o final de todas as gerações, como é dito nos Salmos (103:17): “Mas por toda a eternidade é a benevolência do Eterno para com os que O temem.”

Não pense que pelo fato de você não ser uma pessoa de vida pública, ou responsável por alguma instituição de caridade ou recolhedor de fundos para necessitados não há maneiras de praticar Chéssed e ser benevolente com o próximo.

Neste livro encontraremos alguns caminhos que estão diante de nós e, às vezes, não nos damos conta de que são oportunidades únicas para ajudar alguém, seja emprestando dinheiro, alegrando os noivos no dia de seu casamento, visitando enfermos, consolando enlutados e etc...

Mesmo assim, se você não puder por algum motivo vir a ter essas oportunidades, que pelo menos em suas preces lembre do necessitado, ou de alguém enfermo que precise de sua súplica.

Ahavat Chéssed realmente nos inspira em diversos aspectos a chegar a uma simples conclusão: Praticar atos de bondade é a maior dádiva que o Criador nos legou.

“Olam Chéssed yibanê”. O mundo será construído através dos atos de bondade.

Com certeza estaremos aproximando a redenção tão esperada.
Sobre o autor:
Israel Meir Hacohen Kagan nasceu em Zhetel, Polônia, no dia 11 de Shevat de 5598 (6/02/1838). Foi educado até os 10 anos por seus pais; transferiu-se para Vilna a fim de dar continuidade aos seus estudos judaicos e por fim estabeleceu-se na cidade de Radin. O rabino Israel Meir passava os dias estudando Torá e disseminando o seu conhecimento entre as pessoas simples. Com o crescimento da sua reputação, estudantes de toda a Europa vieram até Radin para estudar com ele.

Em 1869 a sua casa ficou conhecida como a Yeshivá de Radin. Além da yeshivá, o rabino Israel Meir era muito ativo no que dizia respeito às causas judaicas. Viajava longas distâncias com o intuito de estimular o cumprimento das mitsvót entre os judeus.

Entre 1870 e 1871 escreveu a sua primeira obra, o Sêfer Chafets Chaim, uma compilação de leis que tratam da maledicência e da difamação. A obra foi finalmente publicada em 1873 e obteve tanta repercussão que o rabino Israel Meir ficou conhecido como o “Chafets Chaim”. Gigantes espirituais da época, como o rabino Israel Lipkin (Salanter), perceberam que estavam diante de uma daquelas personalidades raras que deixariam a sua marca sobre todo o povo.

O Chafets Chaim sentia que as leis práticas de bondade e caridade eram cada vez mais ignoradas. Assim como tratou da questão de lashon hará (maledicência) ao publicar Shemirát Halashón — que enfatizava a importância de vigiar a própria língua, citando os ensinamentos dos nossos Sábios — resolveu fazer o mesmo por guemilut chéssed em seu livro Ahavat Chéssed: classificou suas leis e realizou uma campanha para que os judeus se reunissem em grupos de estudos para estudá-las e aplicá-las. Em decorrência disso, surgiram centenas de sociedades que emprestavam dinheiro sem juros, abrigos para os sem-teto e sociedades de bicur cholim.

O Chafets Chaim estava preocupado com uma deficiência na literatura haláchica: não havia nenhum comentário moderno sobre o Orach Chaim (a seção do Shulchan Aruch que trata dos rituais cotidianos e das datas festivas) que resumisse séculos de comentários e responsa, a fim de oferecer decisões autorizadas em áreas de disputa no campo da Halachá. Em 1894 passou a escrever a sua obra-prima, a Mishná Berurá. Concluída somente em 1919, esta obra exerce grande influência até os dias atuais. A sua amplitude, concisão, clareza e genialidade falam por si, bem como a sua aceitação universal. Este é o atestado supremo que dá ao seu autor a estatura de um sábio.

O Chafetz Chaim foi um dos primeiros a se dar conta de que o judaísmo da Torá precisava atualizar as suas táticas a fim de se opor à arremetida de seus adversários, os partidários da Hascalá (Iluminismo judaico) e da conduta não-religiosa.

Ciente disso, em 1912 foi um dos fundadores da Agudát Israel, em Katowicz, que mais tarde tornou-se o principal braço organizacional internacional do judaísmo tradicional. Como sempre, ele via nisso mais do que uma questão estratégica, mas uma obrigação religiosa:

“Em uma época em que nossos valores nunca estiveram tão ameaçados quanto agora, até mesmo pequenos atos em defesa da Torá são multiplicados muitas vezes, em escalas Divinas, em direção à derradeira recompensa”.

O Chafetz Chaim era um homem tão religioso quanto pragmático. Homens como o rabino Chaim Ozer Grodzensky ZT”L, de Vilna, valorizavam enormemente seus sábios conselhos ao procurarem soluções práticas para os problemas mais complexos. Durante os anos de crise que se seguiram à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando o rabino Chaim Ozer era o líder absoluto da comunidade judaica da Lituânia, este e o Chafetz Chaim eram constantemente consultados sobre todas as principais questões da vida judaica.

Em 1923, o Chafetz Chaim sentiu que a comunidade deveria se organizar para prover refeições casher aos soldados judeus. Ele chamou o seu novo projeto de Kessel Cosher e, naturalmente, a sua primeira ação foi viajar até Vilna para obter o endosso e apoio do rabino Chaim Ozer; mas este respondeu que havia muitas restrições que tornavam uma campanha assim inoportuna naquele momento. O Chafetz Chaim encolheu os ombros e respondeu:

“O que eu posso fazer? As pessoas me consideram um judeu temente a Deus. Quando eu for chamado para o mundo vindouro, elas me perguntarão por que eu não fiz nada para prover comida casher para os soldados judeus. O que eu direi? Talvez eu lhes diga que não fui indiferente; fiz uma difícil viagem até Vilna, mesmo fraco e com mais de oitenta anos. Mas o rabino de Vilna era o gadol hador e me disse que eu estava errado. Quem melhor do que o gadol hador  para saber o que é certo ou errado?” 

Ao perceber o seu equívoco, o rabino Chaim Ozer convocou uma reunião pública na sinagoga central a ser coordenada pelo Chafetz Chaim. Naquela reunião nasceu o Kessel Cosher.

Ao longo de sua vida, o Chafetz Chaim publicou inúmeras obras, cartas públicas e artigos.

Exemplo vivo do Salmo 34:13-14, “Quem é o homem que deseja a vida e e que ama os dias para ver o bem? É aquele que protege a sua língua do mal e que não permite que seus lábios profiram mentiras; que se afasta do mal e faz o bem, procura a paz e luta por ela”, o Chafets Chaim faleceu em 24 de Elul de 5693 (15/09/1933), aos 95 anos.

carta do maran chafets chaim zt”l muito pertinente à nossa época

Podemos ver que todos os sinais mostrados por nossos sábios, de abençoada memória, com relação aos momentos que antecedem a vinda do Mashiach (Messias) já foram consumados e que não há dia sem uma praga maior do que a anterior. O povo judeu sofre agruras intermináveis, que são, sem dúvida alguma, sinais claros da era pré-messiânica. Estas maldições foram chamadas pelos sábios do Talmud de Chevlê (dores que precedem a chegada do) Mashiach. Assim como uma parturiente, que antes do nascimento da criança sente dores insuportáveis, a chegada do Mashiach será sentida com grande angústia e sofrimento.

  

UM CONSELHO PARA LIVRAR-SE DE CHEVLÊ MASHIACH

Apesar de não termos, aparentemente, remédio algum para nos livrarmos destas dores e que elas são inevitáveis, se observarmos com atenção as palavras de nossos sábios (San´hedrin 98b), encontraremos um conselho para minimizar este sofrimento: perguntaram aos discípulos de Rabi Eliezer, ‘o que um homem deve fazer para se livrar das dores [que precedem a chegada] do Mashiach?’ Sua resposta: ‘Que se ocupe com o estudo da Torá e com a prática de Chéssed!’

 Estas duas atividades protegem o homem das dores que antecedem a vinda do Mashiach, desde que ele se ocupe delas constantemente e não as abandone. Por isto o texto talmúdico usa o termo ocupar-se. Assim como os homens procuram bons conselhos e soluções enquanto se ocupam dos seus negócios, não dando trégua aos problemas sem tentar solucioná-los, e não os abandonam até que lhes tragam lucro, eles devem se ocupar destes dois assuntos: o estudo da Torá e a prática de boas ações, procurando todo tipo de conselho e soluções para que seus méritos cresçam e venham ao seu salvamento na hora da agonia.  

CADA UM DEVE ESTUDAR O QUE FOR CAPAZ 

Assim como encontramos diferentes níveis nos negócios mundanos, alguns mais e outros menos lucrativos, alguns mais e outros menos seguros, uns grandes e outros menores, os negócios espirituais também apresentam níveis diferentes. Alguns homens foram agraciados por Deus com uma capacidade maior para compreender com clareza os textos da Torá e entender com profundidade as passagens do Talmud e da legislação rabínica; para destrinchar assuntos de Halachá e orientar o povo judeu nos caminhos Divinos. São os professores e sábios de cada geração. Alguns chefes de família são doutos em Guemará e outros em Mishná, alguns na literatura rabínica e outros são capazes de compreender somente Chumash com Rashi. Cada um, no seu nível de estudo, é muito querido pelo Altíssimo. Por isto, cada qual deve tentar estudar aquilo que pode, fixando um tempo determinado diariamente para o seu estudo e não deixando passar um dia sequer sem estudar. Então o estudo virá ao seu auxílio e o protegerá. Mas se o homem não se ocupar diariamente do estudo da Torá nos prazos que fixou e fizer do estudo algo aleatório, passando dias e dias sem estudar – um estudo como esse não o protegerá tanto. A que isto se assemelha? A um doente a quem foi prescrita uma receita. Se não a tomar na medida e horários corretos, ela não surtirá o efeito desejado. A chance de cura será tanto maior quanto o paciente se esforçar em tomar o remédio na dose e horários estipulados pelo médico.


É PRECISO SE OCUPAR CONSTANTEMENTE COM CHÉSSED E NÃO DEIXAR PASSAR UM DIA SEM A PRÁTICA DE BOAS AÇÕES 

Praticar boas ações também inclui diferentes níveis. São tantos que não poderíamos descrevê-los aqui como o fazemos nos capítulos do livro Ahavat Chéssed (“A Arte de Amar o Bem”). O principal é que o homem pratique tantas boas ações quanto puder, segundo suas posses materiais e condição física. Isto também deve ser feito diariamente, não deixando passar um dia sequer sem a prática de algum tipo de Chéssed, seja com o corpo ou com recursos materiais e conforme a oportunidade. Isto fará despertar a medida da Compaixão nos mundos superiores, como afirmaram nossos sábios: Assim disse o Altíssimo: “Os homens necessitam que seja feita bondade com eles próprios, e mesmo assim fazem bondade com os outros. E Eu, que Sou pleno de bondade, certamente preciso estendê-la às Minhas criaturas”.

 Vejam o que diz o Zôhar sagrado, na parashá Emor: Aprendemos que uma ação praticada no plano terreno desperta uma ação [semelhante] no mundo superior. Se uma pessoa faz algo neste mundo de modo condizente, esta ação desperta uma força concomitante no Céu. Se o homem pratica Chéssed neste mundo, ele desperta Chéssed nos mundos espirituais. Este Chéssed desce ao mundo e envolve todo o seu dia, pelo seu mérito. Se um homem age com misericórdia aqui na Terra, ele desperta misericórdia durante todo este dia e ela o envolve, pelo seu mérito. Este dia virá ao seu socorro num momento de necessidade, pois o modo como o homem age neste mundo faz o mundo espiritual agir de igual maneira consigo.

 Em nossos dias, principalmente, onde o atributo da severidade se incrementa cada vez mais, precisamos fortificar o espírito com atos de bondade sempre freqüentes. Isto naturalmente despertará a mesma medida nos Céus e ela virá ao nosso auxílio quando mais precisarmos.  

Boa leitura!

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