Uma startup médica israelense, Doctome, está buscando mudar a forma como os pacientes interagem com seus prestadores de cuidados de saúde e a forma pela qual as pessoas pesquisam por pequenos conselhos de saúde na internet.
Itamar Bitton, um engenheiro industrial de 30 anos de idade, e CEO da Doctome, falou com a Agência de Notícias Tazpit sobre a sua perspectiva para a companhia, que foi fundada em 2009. Bitton disse que através de parceria com a IBM, sua plataforma digital doutor-paciente mudará as profissões médicas nos Estados Unidos, Inglaterra e outros países.
Doctome visa ser mais do que uma busca no google por sintomas, que é o que muitas pessoas em países ocidentais fazem para tentar auto-diagnosticar seus problemas de saúde. A plataforma doutor digital é um primeiro passo totalmente funcional para pessoas que requerem um conselho de saúde e até mesmo diagnóstico, e que podem se adaptar e se integrar ao WhatsApp ou um mecanismo de envio de holograma computadorizado.
O software está incorporado ao computador IBM Watson, como parte da inserção no microchip, sendo esta gigante startup incubadora um grande avanço para a companhia. O projeto Watson desenvolveu um “computador cognitivo”, que a IBM garante “aprender” assim como um humano. “Nós estamos ensinando ao Watson a ser um médico”, disse o empresário israelense à Tazpit. Bitton acredita que seu produto possa surgir em até quatro países nos próximos dois anos.
“Nossa tecnologia reduzirá o tempo de espera de atendimento médico em até 50%, como também diminuirá o trabalho sobrecarregado dos médicos que fazem o primeiro atendimento”, argumentou Bitton.
Doctome não somente visa revolucionar como os cuidados médicos são administrados no mundo ocidental, mas também em desenvolvimento no mundo todo. Usando a função do WhatsApp, Doctome espera fornecer um serviço de telemedicina acessível e econômico para áreas remotas no idioma nativo das pessoas dessas regiões. O software tem uma função incorporada de criação de arquivos e um mecanismo de referência de centros de emergência, permitindo que seja utilizado em conjunto com hospitais e clínicas em cidades distantes de vilas mais remotas.
Bitton falou à Tazpit que sua companhia entrou em uma negociação com fundos de capital de risco junto a um britânico anônimo, a fim de arrecadar U$ 10 milhões de dólares. O dinheiro será usado para desenvolvimento e marketing, num esforço de quebrar os mercados lucrativos da Inglaterra e Estados Unidos. Bitton diz que espera por um futuro brilhante, com muitas pessoas embarcando neste conceito. A introdução de Bitton ao fundo foi feita por um funcionário da Bloomberg, que esteve em um evento de parceiros na delegação de potenciais investidores britânicos em Israel, no mês de maio.
Fonte: Tazpit Brasil / Texto: Zack Pyzer / Tradutora: Gabriela Dreilich