Faixas contra redução da maioridade penal e show em Israel foram exibidas.
Caetano Veloso encerrou a Virada Cultural de São Paulo com um show marcado por protestos e até invasão de palco. Um cachecol com as cores da bandeira da Palestina, cartaz pedindo para o cantor não se apresentar em Israel e faixas contra a maioridade penal apareceram no show lotado na Praça Júlio Prestes.
Ele e Gilberto Gil têm show marcado para Israel no dia 28 de julho. O músico britânico Roger Waters se manifestou publicamente pedindo para eles cancelarem o show em protesto ao caso de dois jovens baleados na Cisjordânia no início do ano.
Caetano procurou não se envolver em polêmicas e tratou só de cantar seus sucessos. "Eu quero dizer a todos que dizem 'Israel, não': Palestina, sim. 'Israel, não' é empobrecedor", afirmou o cantor.

Na plateia, Uma fã com cartaz pede que Caetano cante "Sou negrinha". Segundo o cartaz, ela luta contra o "racismo velado". Estudantes mostraram um cartaz contra o show de Caetano marcado para Israel. Segundo o estudante Filipe Duarte, de 24 anos, a ida de Caetano para Israel vai contra todo o seu legado.
"Ele lutou contra a ditadura, contra a injustiça, e ao ir para Israel ele se dobra ao poderio do país", disse. "Ele ignora o que Israel faz contra os palestinos. Dessa forma, ele boicota um movimento mundial", disse, citando o movimento de artistas liderados por Roger Waters, do Pink Floyd, que pretende boicotar apresentações naquele país.
Faz bem o Caetano de não se envolver em questões políticas e fazer seu show em Israel ou em qualquer outro lugar em que for convidado a se apresentar, pois se a coisa cresce, vira patrulha sem fim, arte e cultura é arte e cultura.
ResponderExcluir