Comunidade judaica ortodoxa de Londres se retrata após proibição de que mulheres dirijam.Escolas esclareceram que não concordam com posições dos lÃderes religiosos.
Uma comunidade ultraortodoxa judaica de Londres recuou em uma recomendação que proibia mulheres de levar seus filhos ao colégio de carro, após uma advertência das autoridades, que classificaram a proibição como "completamente inaceitável".
A carta emitida pelos lÃderes do grupo ortodoxo Belz dizia que as mulheres motoristas iam "contra as regras da modéstia" que impõem os preceitos dessa comunidade religiosa e advertia que as crianças transportadas por suas mães de carro seriam excluÃdas das salas.
O secretário da Educação, Nicky Morgan, classificou imediatamente a proibição como "completamente inaceitável" no Reino Unido atual e a comissão de Igualdade e Direitos Humanos informou que a recomendação ia contra a lei e que era discriminatória.
O grupo, que dirige duas escolas na área de Stamford Hill, no norte de Londres, disse agora que a carta, baseada no conselho do rabino Yissachar Dov Rokeach, o lÃder espiritual Belzer em Israel, não deveria ter sido enviada.
"O diretor enviou a carta em nome dos lÃderes espirituais da comunidade, que não levaram em conta as implicações deste tipo de polÃtica", declarou Ahron Klein, chefe executivo das escolas, em um comunicado.
"A escola acredita que as mulheres podem escolher se querem ou não dirigir, e nossa polÃtica é aceitar todas as crianças que são membros da nossa comunidade, como tem sido feito durante os últimos 40 anos".
Esta comunidade ultraortodoxa foi fundada em Belz, Ucrânia, no século XIX e é formada por 10 mil famÃlias em todo o mundo, principalmente no Canadá, Estados Unidos e Israel.