Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas, ficando surpresos ao ver as faces queimadas com traços semitas e que praticavam o judaísmo. Os membros dessa comunidade observavam o Shabat, mantinham rígidas leis ri-tuais da forma como eram descritas na Torá.
Pouco tempo depois, o estudioso judeu Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Seria possível que esses judeus fossem parte de uma das tribos de Israel, perdidas há muito, foragidas do Primeiro ou Segundo Templo? Halevy foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!
Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Nenhum deles jamais saíra de seu vilarejo. No entanto, todos acalentavam um grande sonho, vindo de gerações passadas: voltar para Jerusalém. Os judeus da Etiópia sofriam as mesmas discriminações que os demais, na diáspora.
No início de 1970, havia um grupo organizado dos Beta-Israel que queria emigrar para Israel, apesar de seus membros ainda não serem considerados judeus, não tendo, portanto, direito a fazer aliá. Uma centena de falashas já vivia em Israel, onde começou um movimento liderado por um iemenita judeu nascido na Etiópia, Ovadia de Tzahala, que fizera aliá em 1930 e que tinha parentes entre os falashas. Por isso, pressionava-os a emigrar para Israel.
O ano era 1980. A comunidade negra na Etiópia estava imprensada do mesmo modo que a comunidade negra cristã está sendo massacrada pelos árabes muçulmanos no Sudão nos dias de hoje. Mas ninguém vai ajudar os negros cristãos.
Para os muçulmanos africanos, algozes do tráfico negreiro desde o século 16, tratar os negros como mercadoria e objetos, podendo ser até descartáveis não é novidade alguma: é tradição.
Oprimida por anos de guerra civil e pela fome assassina e implacável a comunidade etíope negra Falash Nura foi descoberta. A grande surpresa era serem judeus, manterem as tradições judaicas e o estudo da religião, provavelmente descendentes da época do rei Salomão e suas minas africanas.
Se você perceber pelo mapa, o sul do Sudão e o norte da Etiópia são os lugares de concentração negra nos dois países, exatamente onde ocorria a guerra.
Entre 1980 e 1982 2.500 judeus negros etíopes foram resgatados em meio ao conflito e levados para Israel. Em 1983, outros 1.800 cruzaram a pé a fronteira do Sudão dali foram para Israel. A situação foi ficando crítica e as condições de vida nos campos de refugiados judeus negros no Sudão não podia mais ser mantida.
No dia 21 de novembro de 1984 começou a operação Moisés, que utilizava aviões militares Hercules levando 200 pessoas de cada vez. A viagem e os vôos para Israel foram mantidos em segredo por ambos os governos. Até 5 de janeiro de 1985, cerca de 8.000 judeus negros etíopes tinham encontrado a salvação em Israel.
As notícias vazaram e os países árabes pressionaram o governo do Sudão para impedir o trânsito de judeus pelo seu território. O governo cedeu e 1.000 judeus ficaram por lá, enquanto dezenas de milhares ainda aguardavam na Etiópia. Tentando fugir a pé para o Sudão cerca de 4 mil judeus negros etíopes morreram, como nas caminhadas da morte pela Europa ocupada pelos nazistas na Segunda Guerra.
Em 1985, o então vice-presidente americano George Bush (pai) inicial a operação Joshua que conseguiu resgatar 800 dos 1.000 judeus retidos no Sudão. Os últimos 200 foram alvo de 5 anos de negociações, mas foram retidos pelo governo sudanês e seu destino provável foi a morte na região de Darfur, junto com os negros cristãos.
Em 1990 os governos de Israel e Etiópia fecharam um acordo diplomático que permitiu a saída do judeus negros dos campos de refugiados, dos campos de fome, dos campos de morte, que existem até hoje, agora com cristãos negros.
O acordo era frágil e podia ser revogado a qualquer momento. Em 36 horas 34 aviões Hercules C-130 de Israel com os assentos removidos para caber mais gente, salvaram 14.325 etíopes da miséria, opressão, perseguição e morte certa.
Ao longo dos anos, cerca de a comunidade de judeus negros da Etiópia, conhecidos como Falashas, já chegou às 80.000 pessoas em Israel, mas o governo africano ainda retém entre 18.000 e 26.000 judeus em seu território.
Chegaram magros, famintos, sem propriedades. Hoje são parte integrante da sociedade israelense sem nenhum tipo de discriminação racial ou social. Participam do exército e da religião como qualquer outra pessoa por lá.
Qual dos povos cristãos vai acolher os refugiados de Darfur enquanto os árabes muçulmanos do Sudão continuam o massacre, seja pelas armas, pelas marchas da morte ou bem mais barato, pela fome.
Os negros de Israel
O ano era 1980. A comunidade negra na Etiópia estava imprensada do mesmo modo que a comunidade negra cristã está sendo massacrada pelos árabes muçulmanos no Sudão nos dias de hoje. Mas ninguém vai ajudar os negros cristãos.
Para os muçulmanos africanos, algozes do tráfico negreiro desde o século 16, tratar os negros como mercadoria e objetos, podendo ser até descartáveis não é novidade alguma: é tradição.
Oprimida por anos de guerra civil e pela fome assassina e implacável a comunidade etíope negra Falash Nura foi descoberta. A grande surpresa era serem judeus, manterem as tradições judaicas e o estudo da religião, provavelmente descendentes da época do rei Salomão e suas minas africanas.
Se você perceber pelo mapa, o sul do Sudão e o norte da Etiópia são os lugares de concentração negra nos dois países, exatamente onde ocorria a guerra.
Entre 1980 e 1982 2.500 judeus negros etíopes foram resgatados em meio ao conflito e levados para Israel. Em 1983, outros 1.800 cruzaram a pé a fronteira do Sudão dali foram para Israel. A situação foi ficando crítica e as condições de vida nos campos de refugiados judeus negros no Sudão não podia mais ser mantida.
No dia 21 de novembro de 1984 começou a operação Moisés, que utilizava aviões militares Hercules levando 200 pessoas de cada vez. A viagem e os vôos para Israel foram mantidos em segredo por ambos os governos. Até 5 de janeiro de 1985, cerca de 8.000 judeus negros etíopes tinham encontrado a salvação em Israel.
As notícias vazaram e os países árabes pressionaram o governo do Sudão para impedir o trânsito de judeus pelo seu território. O governo cedeu e 1.000 judeus ficaram por lá, enquanto dezenas de milhares ainda aguardavam na Etiópia. Tentando fugir a pé para o Sudão cerca de 4 mil judeus negros etíopes morreram, como nas caminhadas da morte pela Europa ocupada pelos nazistas na Segunda Guerra.
Em 1985, o então vice-presidente americano George Bush (pai) inicial a operação Joshua que conseguiu resgatar 800 dos 1.000 judeus retidos no Sudão. Os últimos 200 foram alvo de 5 anos de negociações, mas foram retidos pelo governo sudanês e seu destino provável foi a morte na região de Darfur, junto com os negros cristãos.
Em 1990 os governos de Israel e Etiópia fecharam um acordo diplomático que permitiu a saída do judeus negros dos campos de refugiados, dos campos de fome, dos campos de morte, que existem até hoje, agora com cristãos negros.
O acordo era frágil e podia ser revogado a qualquer momento. Em 36 horas 34 aviões Hercules C-130 de Israel com os assentos removidos para caber mais gente, salvaram 14.325 etíopes da miséria, opressão, perseguição e morte certa.
Ao longo dos anos, cerca de a comunidade de judeus negros da Etiópia, conhecidos como Falashas, já chegou às 80.000 pessoas em Israel, mas o governo africano ainda retém entre 18.000 e 26.000 judeus em seu território.
Chegaram magros, famintos, sem propriedades. Hoje são parte integrante da sociedade israelense sem nenhum tipo de discriminação racial ou social. Participam do exército e da religião como qualquer outra pessoa por lá.
Qual dos povos cristãos vai acolher os refugiados de Darfur enquanto os árabes muçulmanos do Sudão continuam o massacre, seja pelas armas, pelas marchas da morte ou bem mais barato, pela fome.
Judeus negros retratam a diversidade étnica e cultural dos judeus. Recentemente, Cesar Hasky no Colunista Convidado da Revista OGlobo nos informa: “no Japão há vestígios de uma passado israelita; existem teorias sobre as dez tribos perdidas de Israel, e uma delas teria ido para o Japão. Devem existir então judeus amarelos... O resgate dos judeus etíopes foi ato cívico-humanitário. Um exemplo a ser seguido. Faltam ainda resgatar os últimos que ficaram retido no Sudão... Ultimamente, a imprensa tem informado sobre a discriminação racial que os falashas e seus descendentes vem sofrendo em Israel; chegaram a se fazer manifestação contra tal situação. Netanyahu vem tomando medidas sociais para sua integração.
ResponderExcluirObrigado José Aloísio Saores, pelo comentário enrquecedor.
ExcluirSensacional seu comentário José Aloísio Saores, somos muitos espalhados pelo mundo e aqui no brasil ta,nem sofremos com a descriminação dos ortodoxos!!!
ExcluirHistória interessante.
ResponderExcluirDeus continue abençoando Israel
ResponderExcluirMuito interessante! Gostei da matéria !
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