Tel Aviv viu intensos confrontos entre a polícia e manifestantes durante a noite de domingo, quando um comício em apoio da comunidade etíope contra a brutalidade policial e o racismo tornou-se violenta, transformando o centro da cidade em uma verdadeira zona de guerra.
Pelo menos 41 pessoas ficaram feridas no tumulto onde manifestantes arremessaram pedras na polícia e agentes responderam com granadas de efeito moral e canhões de água. Vários manifestantes também foram presos e a polícia prometeu reprimir novos protestos não autorizados.
O protesto começou no final da tarde de ontem, quando milhares de pessoas, muitas delas por parte da comunidade dos israelenses etíopes, bloqueou a estrada Ayalon e outras das principais vias de Tel Aviv. Mais tarde, o movimento mudou-se para a Praça Rabin, que se tornaria a cena de horas de batalhas entre manifestantes e a polícia.
O protesto que seguiu a um semelhante em Jerusalém, na quinta-feira, foi concebido para manifestar que os membros da comunidade etíope reivindicam o fim do “racismo”, e foi provocado por um vídeo mostrando uma agressão policial a um membro da comunidade etíope.
O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que cerca de 3.000 pessoas participaram no protesto de domingo. Dezenas de israelenses não etíopes também aderiram ao comício de domingo, cantando e segurando cartazes dizendo: "Um policial violento deve ser colocado na prisão" e "Exigimos direitos iguais".