Olimpíadas de 2016 irão homenagear atletas israelenses mortos em 1972

Um lugar especial para os atletas relembrarem os 11 israelenses mortos por terroristas nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, será criado na Vila Olímpica no Rio 2016, enquanto um "momento de reflexão" será realizado durante a cerimônia de encerramento, segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou. Na inauguração do lugar especial no próximo ano, o presidente do Comitê Olímpico Internacional Thomas Bach prometeu que vai "lembrar todos aqueles que perderam suas vidas nos Jogos Olímpicos." Queremos dar aos atletas a oportunidade de expressar seu luto de uma forma digna num ambiente na Vila Olímpica, onde representantes de todo o mundo estarão vivendo pacificamente sob o mesmo teto. "Na cerimônia de encerramento, muitas pessoas acham que é um momento para lembrar as pessoas que morreram nos Jogos Olímpicos", acrescentou.   Um total de 11 membros da equipe olímpica israelense foram feitos reféns durante os Jogos Olímpicos em Munique e acabaram mortos, junto com um policial alemão, pelo grupo palestino Setembro Negro. Os jogos foram suspensos por um dia e, em seguida, continuaram. Desde então, o COI vem enfrentado críticas repetidas, de todo o mundo, por não ter feito o suficiente para honrar as vítimas. Alex Gilady, membro do Comitê Olímpico Internacional de Israel, comentou sobre a decisão, dizendo ao site de notícias israelense Ynet : "Este é um bom e positivo passo dado pelos membros do Comitê Olímpico Internacional. A capacidade de ver a questão, não só através dos olhos de Israel, mas através de uma visão mais ampla, representa uma mudança e um grande passo à frente." O Comitê Olímpico de Israel disse: "Ficamos muito felizes em ouvir Thomas Bach abordar a questão do massacre de Munique. Vamos esperar para receber um comunicado oficial e, em seguida, responder." Limor Livat, ministro da Cultura e dos Esportes, disse: "Embora a decisão do COI ter vindo com 43 anos de atraso, é melhor tarde do que nunca. O longo período de tempo que se passou desde o assassinato hediondo, não anestesia a dor. Para nós, o massacre dos atletas em Munique por terroristas palestinos ficou para sempre gravado em nossas memórias coletivas. A comemoração honrosa deles como parte dos Jogos Olímpicos é o mínimo de respeito que o COI pode dar para as famílias das vítimas que são inundadas com memórias trágicas do massacre em todas as Olimpíadas."