Por Yossef Zukin
De um certo modo o chefe sim tem sempre razão! A questão é como nos relacionamos com ele.
O ideal é que o colaborador tenha uma ótima relação com o chefe e que o represente em todas as circunstâncias. O auge da sua carreira é quando é confundido com o próprio chefe.
“Tirou as palavras da minha boca.”
“Falou o que eu estava pensando.”
“Não teria conseguido me expressar melhor.”
Isso é tudo elogio e não falta de personalidade. Quando o ego sai de cena, o chefe tem sempre razão e o colaborador passa a ter a emoção de personificar a sua vontade. Cumprir uma determinação é uma satisfação, e um privilégio para aquele que recebeu a incumbência e a responsabilidade.
Quando existe essa sinergia, não há praticamente essa diferença entre o chefe e o gerente. Nesse caso o que importa é atingir o objetivo. Obter o resultado. O mesmo vale para as relações entre o marido e a esposa, os pais e os filhos, o povo e o presidente, a cidade e o país. O chefe está acima, mas ele depende do colaborador, pois não há Rei sem um povo.
Um casal vive um em função do outro. O marido vai no médico acompanhando a esposa e diz que “o nosso pé está doendo.”
Muitas vezes o chefe pensa mais no colaborador do que nele mesmo. Quando isso é sincero e verdadeiro, o resultado esperado é atingido.
Yossef Zukin é mestre em Design de Produto pela Domus Academy, Milão-Itália e doutor em Engenharia de Produção, PUC-RIO e NCSU-USA.