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Três documentários obrigatórios sobre o Holocausto e a II Guerra Mundial

"A Noite Cairá", um dos acontecimentos documentais do ano, e que contou com a mão de Hitchcock, é um dos filmes que chega esta quinta-feira ao Cinema Ideal. Mas há muito mais.
2015 vai ser um ano desafiante para quem se interessa pela história da Segunda Grande Guerra.

No ano em que se comemoram 70 anos sobre o fim da II Guerra Mundial, e a propósito do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala a 27 de janeiro, vão estrear três documentários imperdíveis. “A Noite Cairá”, “O Homem Decente” e “O Último dos Injustos” chegam esta quinta-feira ao Cinema Ideal, em Lisboa, pela mão da Midas Filmes.

Foram precisos 70 anos para ver algumas das imagens incluídas no documentário “A Noite Cairá“. André Singer reuniu as primeiras filmagens feitas pelos aliados dos campos de extermínio nazis, trabalhadas em 1945 por Sidney Bernstein em colaboração com Alfred Hitchcock. Depois, adicionou-lhes testemunhos das pessoas que encontraram campos como Auschwitz, e narração de Helena Bonham Carter. 

O resultado faz dele uma das estreias documentais do ano em Portugal, a revelação das imagens que os Aliados em 1945 quiseram silenciar, com medo de voltar a humilhar os alemães, como tinha acontecido no final da I Guerra Mundial. As fitas foram encontradas no Imperial War Museum, em Londres, e, para além de “A Noite Cairá”, deverá sair este ano “Memória dos Campos”.


O segundo documentário em exibição no Cinema Ideal será “O Homem Decente“, da israelita (nascida na Bélgica) Vanessa Lapa. O filme de 94 minutos é um retrato de Heinrich Himmler, comandante das SS, feito a partir de fotografias, diários e cartas – até de amor – daquele que é considerado o arquiteto principal da “solução final”. Os efeitos sonoros, das músicas da época ao ambiente nas ruas, tornam as imagens mais vivas e atuais.


Outro retrato, mas de um homem diferente, é o que faz Claude Lanzmann em “O Último dos Injustos“. Em 1975, o documentarista francês foi a Roma entrevistar Benjamin Murmelstein, o último presidente do Conselho Judeu do gueto de Theresienstadt e o único que sobreviveu. Rabino em Viena, Murmelstein, depois da anexação da Áustria pela Alemanha em 1938, foi o mediador entre os judeus e o oficial nazi Adolf Eichmann, cujas ações lhe valeram acusações de colaboracionismo. Ainda assim, durante sete anos, conseguiu fazer com 121 mil judeus emigrassem e evitou a liquidação do gueto.

Em 2012, com 87 anos, Claude Lanzmann recuperou os materiais das entrevistas e, sem mascarar a passagem do tempo,  regressou a Theresienstadt, a cidade eleita por Adolf Eichmann para enganar o mundo. Através dos diferentes tempos e lugares, o filme revela, ao longo de quase quatro horas, a gênese da solução final, desmascara o verdadeiro rosto de Eichmann e desvenda as contradições do Conselho Judeu.


“O Último dos Injustos” (exibições às 16h00), “O Homem Decente” (às 20h00) e “A Noite Cairá” (21h45) ficam no Cinema Ideal até 4 de fevereiro, acompanhados pela reposição em versão digital restaurada de “O Grande Ditador”, de Charles Chaplin (em exibição aos sábados e domingos às 11h00).
2015 vai ser um ano desafiante para quem se interessa pela história da Segunda Grande Guerra. No dia 26 de janeiro, também em Lisboa, o Teatro Nacional de São Carlos vai receber um recital com obras que o compositor Viktor Ullmann criou no campo de concentração de Terezin, na República Checa, para onde foi deportado pelos nazis em 1942. Segue-se a exibição do documentário “Noite e Nevoeiro”, que Alain Resnais realizou sobre o Holocausto, com acompanhamento musical ao vivo pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e narração de Luís Miguel Cintra.

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