Cerimônia em sinagoga de Paris lembra vítimas de atentados.
Uma cerimônia na Grande Sinagoga de Paris foi realizada neste domingo (11) para homenagear "todas as vítimas" dos atentados de Paris, entre elas quatro judeus mortos na sexta-feira (9) por Amedy Coulibaly, durante a tomada de reféns de um supermercado kasher na capital francesa.
O atentado à sede do jornal "Cherlie Hebdo", na última quarta-feira, deixou 12 mortos e 11 veridos. Somadas às vítimas de outros atentados na última semana, no total foram 20 mortos.
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| Netanyahu fala na Grande Sinagoga |
O presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foram ovacionados ao entrarem no local.
Alguns dos presentes entoaram "Bibi" - o apelido de Netanyahu - e "Israel viverá, Israel vencerá", agitando a bandeira do Estado hebreu.
A cerimônia começou pouco antes das 19h30 locais (16h30, horário de Brasília).
Hollande e Netanyahu se sentaram lado a lado, na sinagoga, cercados do primeiro-ministro francês, Manuel Valls, e do presidente do Consistório Israelita Central da França, Joël Mergui.
Uma fileira atrás, estava o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman. O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy também foi visto entre os presentes na sinagoga.
Em sua fala, Netanyahu declarou que aprecia a "posição muito firme" da França e a "determinação" do presidente francês, François Hollande, contra o "novo antissemitismo" e o "terrorismo".
Netanyahu ressaltou ainda que "nosso inimigo comum é o Islã radical", e "não o Islã normal".
O premiê pronunciou essas palavras, após manifestar seu "agradecimento" a Lassana Bathily, um funcionário muçulmano do supermercado kasher, onde aconteceu a tomada de reféns na sexta-feira. De origem malinesa, o jovem salvou vários clientes desse estabelecimento do leste de Paris.
Dirigindo-se aos judeus, Netanyahu declarou que "têm o direito de viver em segurança, onde escolherem, em particular na França".
A cerimônia foi realizada após marcha histórica em Paris pela liberdade e pela democracia após os atentados terroristas registrados na França na última semana. A manifestação contou com até 1,6 milhão de pessoas em Paris. A marcha foi liderada pelas famílias e parentes de vítimas dos ataques, seguidos por políticos, lideranças sindicais e religiosas. No total, mais de 3,7 milhões de pessoas marcharam em toda a França.
Depois da marcha e antes de ir à Grande Sinagoga, Hollande visitou a família de Ahmed Merabet, policial francês de origem argelina que foi abatido a sangue-frio pelos irmãos Chérif e Said Kouachi.
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