
O presidente da Autoridade Nacional Palestina Mahmoud Abbas anunciou nesta quarta-feira (31) que vai aderir ao Tribunal Penal Internacional. A assinatura ocorre um dia após a proposta que pedia a retirada de colonos israelenses dos territórios palestinos até 2017 fracassar no Conselho de Segurança da ONU.
A manobra de Abbas sinaliza uma resposta mais agressiva à Israel além de preparar o palco para um confronto diplomático com os Estados Unidos. A assinatura abre caminho para que o Tribunal Penal Internacional ter jurisdição para crimes cometidos em território palestino.
"Quem precisa temer o Tribunal Penal Internacional em Haia é a autoridade palestina, que tem unidade com o Hamas, uma organização de terror como (o grupo estado islâmico) que comete crimes de guerra", afirmou o premiê israelense Benjamin Netanyahu em um comunicado.
Após duas décadas de tentativas, a palestina acredita que só o apoio internacional poderá pressionar Israel a autorizar a criação do estado palestino na Cisjordânia, faixa de Gaza e leste de Jerusalém.
Israel, que capturou as três áreas em 1967, diz que a independência Palestina só pode ser alcançada através de negociações.
A campanha Palestina marcou uma importante vitória em 2012, quando a Palestina foi admitida na Assembléia Geral da ONU, como um Estado-membro observador. A atualização deste status deu aos palestinos a autoridade de aderir a dezenas de tratados internacionais e agências, inclusive aderir ao Tribunal Penal Internacional.