
Autoridades libanesas disseram que o ataque fez com que Israel fizesse
pelo menos 50 disparos de artilharia contra o Líbano, numa significativa
intensificação das tensões ao longo da fronteira entre os dois países.
O
porta-voz militar israelense, tenente-coronel Peter Lerner, disse que
houve vítimas do ataque, mas não divulgou detalhes. As Forças Armadas
afirmaram que os disparos foram uma resposta contra posições do
Hezbollah. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel
responderá "energeticamente" ao ataque.
Em comunicado, o
Hezbollah disse que seus combatentes destruíram uma série de veículos
israelenses que levavam autoridades e soldados de Israel e que
provocaram vítimas nas "fileiras inimigas".
O documento
diz que o ataque foi realizado por um grupo que se autodenomina os
"mártires heroicos de Quneitra", o que sugere que a ação foi uma
retaliação a um ataque aéreo israelense contra as Colinas de Golã
realizado em 18 de janeiro, quando foram mortos seis combatentes do
Hezbollah e um general iraniano.
Um hora mais tarde,
morteiros foram disparados de várias posições militares israelenses nos
montes Dov e Hermon, informaram as Forças Armadas de Israel. Não há
informações sobre a existência de feridos após o ataque. Os militares
disseram ter respondido com disparos na direção de posições libanesas e
que retiraram visitantes israelenses de um resort de esqui que fica nas
proximidades.
A situação lembra o início da guerra entre
Israel e Líbano em 2006, que foi iniciada por um ataque do Hezbollah
contra um veículo militar israelense ao longo da fronteira e pelo
sequestro e assassinato de dois soldados de Israel.
Embora
Israel tenha afirmado que não há indícios de que soldados israelenses
foram capturados durante o ataque, a situação eleva a possibilidade de
novos combates na região fronteiriça, que tem permanecido tranquila
desde a guerra de 2006. Desde então, Israel tem respondido com ações
aéreas e disparos de artilharia após o lançamento de ataques com
foguetes e disparos, mas a situação tem se mantido contida.
Dois
oficiais libaneses disseram que o ataque teve como alvo as vilas
fronteiriças de Majidiyeh, Abbasiyeh e Kfar Chouba, perto da disputada
região das fazendas de Shebaa. Segundo as fontes, que falaram em
condição de anonimato, não havia informações sobre vítimas.
Durante
evento no sul de Israel, Netanyahu advertiu que os inimigos de Israel
enfrentarão um destino semelhante ao do Hamas, grupo que governa a Faixa
de Gaza e com quem travou uma guerra de 50 dias no ano passado.
"A
todos que tentam nos desafiar na fronteira norte eu sugiro olhar para o
que aconteceu aqui, não muito longe da cidade de Sderot, na Faixa de
Gaza. O Hamas sofreu seu golpe mais pesado desde sua fundação e as
Forças de Defesa Israelenses estão preparadas para agir energeticamente
em todas as áreas", disse ele.
Os ataques aconteceram
pouco depois de Israel ter lançado ataques aéreos contra postos de
artilharia sírios, em resposta a foguetes disparados no dia anterior
nas Colinas de Golã, território ocupado por Israel desde 1967.
Fonte: Associated Press.