
Segundo informa nesta sexta-feira o jornal "Haaretz", a reivindicação do interventor, Shay Galli, poderia tirar Netanyahu das primárias do partido e impedir-lhe de candidatar-se às eleições legislativas previstas para o próximo mês de março. "Netanyahu é suspeito de violar os estatutos do partido ao fazer uso do centro de reuniões de Metzudat ze'ev, sede do Likud em Tel Aviv, para promover suas aspirações a liderar o partido. O discurso que deu ali, destinado a promover sua candidatura, foi postado no site da legenda, que é também propriedade do partido", explicou o jornal.
"Além disso, Netanyahu é suspeito de atuar contra a legislação do Likud utilizando os serviços de dois funcionários do partido em Tel Aviv para convidar membros do partido a dois atos, entre eles o acendimento do candelabro de Hanuká realizado na quarta-feira com o ministro do Interior, Gilad Erdan, que também utilizou para promover seu candidatura", acrescentou a publicação.
Perante esta situação "Galli acredita que estas ações atentam contra a legislação do Likud e contra a lei eleitoral israelense, e pode dirigir medidas mais duras, entre elas a suspensão de Netanyahu como líder do partido". Netanyahu enfrentará nas próximas semanas o outro candidato que pretende dirigir o Likud, o ex-vice-ministro da Defesa, Dany Danon, considerado um dos falcões mais duros do partido direitista.
Um porta-voz de Netanyahu qualificou de "estranho e afastado da realidade" o requerimento de interventor. "Isso parece motivado por agentes políticos. O primeiro-ministro atuou de acordo com a lei e as regulações do partido, e está comprometido a seguir fazendo assim. Isto inclui as primárias e qualquer outra coisa.
A carta terá a resposta legal apropriada", explicou o porta-voz, que o "Haaretz" citou sem identificar. EFE jm/rsd