Tzipi Livni, líder do partido Hatnuah, aliou-se agora aos trabalhistas, com vista às legislativas de março.
Fotografia © EPA/ABIR SULTAN
Ex-ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, de 56 anos, iniciou a campanha para as legislativas num programa satírico na televisão e revelou que pode ser tão "falcão" como o seu principal adversário, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Tzipi Livni é a mulher do momento em Israel; a pessoa de quem se fala. É que, à semelhança de Golda Meir, Livni quer liderar os destinos do país e está a fazer tudo para o conseguir. Nesse esforço, a ex-ministra da Justiça participou num programa satírico do Canal 2 da televisão israelita e ousou fazer "humor" sobre o primeiro-ministro e ex-parceiro de coligação, Benjamin Netanyahu. As críticas choveram, em especial do Likud (partido de Netanyahu), e as anedotas também. Acidentes de campanha ou ajuste de contas?
Líder do partido Hatnuah (O Movimento, em português), que fundou em 2013, Livni foi uma das críticas do recente projeto de lei da nacionalidade do governo de Netanyahu que "pretende transformar Israel num país de judeus e para judeus".
Uma consequência dessas críticas foi o fim da coligação e a antecipação das eleições legislativas para 17 de março de 2015. Uma solução que a antiga tenente do exército israelita aceitou de bom grado, disposta a ser testada nas urnas. Mais uma vez. Em 2009, a ex-agente da Mossad conseguiu que o partido que então liderava - o Kadima - obtivesse resultados assinaláveis nas legislativas: 29 lugares no Knesset (Parlamento), logo seguido do velho partido Likud (direita) de Netanyahu, que conseguiu 28 deputados.
Face ao resultado obtido, a protegida do homem que fundara o Kadima - Ariel Sharon, o antigo primeiro-ministro já falecido - foi convidada a formar governo pelo então presidente Shimon Peres. Livni fez todos os esforços para conseguir uma coligação. Em vão. E Peres teve de convidar o líder do segundo partido mais votado: Netanyahu.