
Reflexões e indagações acerca dos valores sociais e morais contidos nos meios de comunicação; as relações distorcidas entre pessoas e o que elas buscam com essas exposições; a interferência avassaladora da tecnologia na comunicação, em um tempo em que mais se tecla do que se fala; pessoas fotografando continuamente a si mesmas, registrando o passo a passo de suas rotinas.
Esta observação do comportamento contemporâneo foi o ponto de partida para a criação de uma comédia ágil e dinâmica, em que os atores interpretam diversos personagens facilmente reconhecíveis pelo público. Sinopse: a peça conta a história de Claudio (Mateus Solano) um homem superconectado que armazena toda a sua vida em computadores, redes sociais e nuvens.
Debruçado sobre um projeto de criar um sistema único para armazenamento de todos os dados de uma pessoa, vê seu sonho ir água abaixo quando deixa cair um café em seu equipamento, que sofre uma pane e apaga tudo.
Ele então se torna um homem sem passado, já que não se lembra de nada, pois toda sua memória era virtual. A partir daí, inicia uma saga em busca da memória perdida, recorrendo a vários personagens de sua vida (onze, ao todo, vividos por Miguel Thiré) para reconstituir sua história.
Os figurinos: do espetáculo são de Sol Azulay; a consultoria de conteúdo de Dan Strougo e Suzana Herculano e a direção de produção de Carlos Grun.