Seis mortos em atentado a sinagoga em Jerusalém
O atentado ocorreu numa sinagoga no bairro Har Nof, na zona ocidental de Jerusalém
Pelo menos seis pessoas morreram e oito ficaram feridas - incluindo dois polícias - quatro delas com gravidade, esta terça-feira, durante um ataque a uma sinagoga em Jerusalém.
O atentado ocorreu às 7h locais no bairro Har Nof, situado na zona oeste da capital israelense, quando dois palestinos invadiram uma sinagoga e abriram fogo indiscriminadamente contra as pessoas que se encontravam no local.
"Trata-se de um ataque terrorista. Estavam cerca de 30 pessoas na sinagoga quando os atacantes entraram armados com facas, machados e pistolas", afirmou Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia de Jerusalém, citado pelo "The Jerusalem Post", garantindo que a resposta das autoridades foi "rápida".
Os dois atacantes foram perseguidos e abatidos pela polícia em sete minutos, refere o jornal "Times of Israel". Segundo a AP, os dois indivíduos eram primos, desconhecendo-se, contudo, se tinham ligações ao grupo terrorista Hamas, que já "aplaudiu" o ataque. A rádio pública palestiniana descreveu os atacantes como "dois mártires."
O primeiro-ministro israelenseBenjamin Netanyahu garante que a resposta ao ataque será "pesada", acusando a Autoridade Palestiniana de incitar à violência em Jerusalém. "Vamos responder de forma pesada ao cruel assassinato de judeus que estavam a rezar numa sinagoga, tendo sido apanhados por mãos assassinas. Isto é resultado direto do incitamento à violência liderado pelo Hamas, acção que a comunidade internacional irresponsavelmente ignora", declarou.
Também o Presidente da Autoridade Palestiana, Mahmoud Abas, lamentou o ataque: "A presidência condena o atentado numa sinagoga, local de culto para os judeus, e a morte de civis", disse o responsável citado pela Reuters.
O secretário de Estado norte-americano John Kerry classificou o atentado de um "ato de puro terror, brutalidade e violência", exigindo que a Autoridade Palestiniana tome medidas imediatas para pôr fim à violência na região.
"Pessoas inocentes morreram numa sinagoga enquanto estavam a rezar num local santo, num ato de puro terror e brutalidade. Só posso pedir aos líderes da Palestina para condenar esta ação nos mais altos termos. A violência não pode ter espaço em lugar algum", afirmou.
Desde 2008 que não acontecia um atentado tão grave em Jerusalém, quando um palestiniano matou oito pessoas numa escola religiosa na cidade.