Pelo Rabino Elyahu Birinbaum
Yaakov foge da casa de seus pais, temendo a vingança de seu irmão Esav, e, caminhando chega a fronteira da Terra de Canaã. Ao anoitecer, decide pernoitar e prosseguir sua viagem apenas no dia seguinte. Apoia então sua cabeça em uma pedra, dorme… e sonha!
Este sonho de Yaakov é tratado como sendo um dos capítulos de grande vastidão de explicações e uma interessante profundidade simbólica em toda a Torá.
A perspicácia e a capacidade de numerosos rabinos têm sido “colocada à prova”, de acordo com a quantidade e originalidade das interpretações que trazem sobre este momento paranorrmal, tão iluminado. Da mesma maneira, este sonho com suas diversas exegeses configura um dos pilares da Cabalá, a interpretação que estuda e pratica os mistérios da Torá.
“E partiu, Jacó de Beersheba, e foi a Haran; E chegou a um lugar onde passou a noite, porque o sol já se estava pondo; (…) E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de D’us subiam e desciam por ela; E eis que o Senhor estava em cima dela, (…)” (Gênesis 28:10-13)
Um sonho, e sobretudo um sonho do qual Yaakov se lembra claramente, com certeza, se trata de um símbolo que clama por sua interpretaçáo. Frequentemente nos dedicamos em excesso a intepretar os atos, as palavras , e as linguagens externas do homem, e, assim, perdemos a sensibilidade imprescendivel que necessitamos para poder interpretarmos os sonhos.
O sonho de Yaakov consiste, basicamente, em dois elementos centrais: a escada e os anjos que sobem e descem por ela. A escada esta apoiada sobre a terra, e em seu pico mais alto se apoia o Criador. Esta escada é a conexão e a busca incessante do equilibrio entre o Celestial e o mundano, o arquétipo e a coisa, o espiritual e o material.
A escada de Yaakov apoia um dos seus extremos na terra e o outro no céu. Assim é o fundamento do equilibrio perfeito: uma harmonia apoiada com uma força igual tanto no Mundo Superior, quanto nos mundo inferiores.
Para alcançar este equilibro, com os pés bem presos a terra, a cabeça necessita liberdade para poder sonhar.
O segundo elemento conducente do sonho de Yaakov são os anjos, o elemento dinânimco da escada que conecta o superior com o inferior. Para chegar ao céu, para alncaçar a melhor síntese humana do arqueétipo divino, deve-se ser dinâmico e ativo.
D”us está sob a escada, sustentando seu ponto superior, e o homem se encontra no final desta escada: ambos são sócios nesta função de elevar o objetivo planejado.
A escada de Yaakov nos ensina que a vida deve ser concebida mais verticalmente do que horizontalmente.
A vida não se trata de um horizonte plano e liso, e sim de uma imensa montanha com obstáculos, desafios e disjuntivas das quais o homem é encarregado de enfrentar e superar!
(Retirado do livro “La Tora No Esta en El Cielo”)