Maior provedor de serviço de transporte público de Israel, Egged, voltará com anúncios de fotos de mulheres em seus ônibus de Jerusalém, depois de tirá-los sob a pressão dos judeus ultraortodoxos.
A campanha legal e pública prolongada para restabelecer as imagens das mulheres foi liderada pela vice-prefeita Rachel Azaria, que detém as carteiras de educação e dos direitos das mulheres no município, e cuja imagem própria foi impedida de circular num ônibus durante uma campanha política, há seis anos. A Egged recusou-se a colocar sua foto, temendo reações violentas por parte de grupos ortodoxos radicais, que rotineiramente derrubam tais anúncios e atiraram pedras contra os ônibus que os transportam.
O governo concordou em compensar a Egged por qualquer dano resultante no futuro de tais atos de vandalismo.
Azaria descreveu a decisão como uma vitória para o pluralismo e a tolerância na capital. "Vamos continuar a salvaguardar e proteger a cidade de qualquer caso de exclusão ou censura das mulheres".
Após a decisão, Jerusalém vai veicular anúncios nos ônibus com uma mistura de mulheres seculares, religiosas árabes e ultra-ortodoxas, sob o lema: "Estamos em Jerusalém, prazer em conhecê-lo."