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Também sou contra radicais


Luiz Rechtman | Médico

Antes de comentar afirmações do jornalista J. C. Teixeira Gomes, reproduzo pontos da "Carta do Hamas". "Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram anteriormente a ele". Art. 11: "O Movimento de Resistência Islâmica sustenta que a Palestina é um território para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição".

Art. 13: "Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa. Não há solução para o problema palestino, a não ser pela jihad (guerra santa)". Art. 15: "Em Seu nome, que guarda a alma de Maomé em Suas mãos, quero me lançar no ataque em prol de Alá, e ser morto, para atacar de novo e ser morto, e atacar de novo e ser morto". Art. 32: "Planejamos a inimizade e ódio entre os judeus, até o Dia da Ressurreição. Eles procuram espalhar o mal sobre a Terra, e Alá detesta quem faz o mal".
Disse o jornalista: "A Palestina não é um estado, em intolerável descumprimento à resolução da ONU que criou também o estado de Israel em 1947...". O autor omite que, ao não aceitarem a partilha feita pela ONU, palestinos e cinco exércitos árabes iniciaram uma guerra contra o recém-criado Estado de Israel.

"Um jovem judeu fanático que assassinou o grande líder Yitzhak Rabin para impedir... a consolidação do acordo de Oslo, assinado com Arafat. O crime inviabilizou o acordo". O terrorista judeu está preso perpetuamente. Já justiceiros do Hamas com seus julgamentos públicos e sumários preferem tiros na cabeça. Em 2000, Arafat não assinou o acordo que devolveria mais de 95% da margem ocidental, parte de Jerusalém para futura capital palestina e a desocupação da maior parte das colônias.

"Os foguetes do Hamas, provocação perigosa e condenável, mas sem eficácia militar, não podem ser respondidos com o massacre e a destruição de Gaza...". Na verdade, 4.382 foguetes, mísseis e morteiros do Hamas causaram baixo número de vítimas devido à rede de abrigos, alarmes e eficácia do escudo antimíssil israelense. Vídeos de figuras ligadas ao Hamas mostram a estratégia de expor civis. Mortes "de mártires" levam Israel à execração pública. O lançamento dos ataques, armazenamento de armas e munição de, ou no entorno, de escolas da ONU, mesquitas, hospitais e aglomerados civis estão documentados.

"Alega Israel que informa os ataques previamente. É a guerra com protocolo e etiqueta". Sim. Telefonemas, mensagens para SMS, panfletos lançados e tiros de advertência são práticas de avisos em áreas densamente povoadas, que não são desocupadas para retroalimentar a propaganda gerada pelas mortes. "Death is business".

Sou a favor do Estado Palestino, contra a direita israelense e sua política de assentamentos. Seria radicalismo discordar que um grupo terrorista ataque com milhares de mísseis, morteiros e foguetes um país soberano sem que este possa se defender e impedir esses ataques?

Frase de Golda Meir não citada pelo jornalista: "Nós podemos perdoá-los por matarem os nossos filhos. Mas jamais os perdoaremos por terem obrigado nossos filhos a matarem os seus".
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