Por Elton Pacheco
Fotos: divulgação
A culinária de Israel é profundamente influenciada pelas mistura de diferentes etnias, religiões e culturas, que dão tons diversos de sabores nos pratos daquele país.
A influência mais dominante é da cozinha árabe, que trouxe pratos típicos de toda região do Oriente Médio, desde o Homus ao Falafel, passando pela Shawarma e até o delicioso Kebab - uma prova de que a cozinha judaica vai muito além do Gelfite Fish, o delicioso bolinho de carne de carpa moída cozida no caldo de peixe muito conhecido pelos comensais.
Convidado pela Associação Cultural Israelita de Brasilia, a Acib, tive a oportunidade de saborear, neste último fim de semana, outros pratos judaicos, igualmente deliciosos. Eles foram cuidadosamente preparados por Rachel Ungierowicz e sua xará Rachel Abitbol e Arlete Aben-Athar, membros da comunidade judaica de Brasília. Entre as delícias criadas pelo trio estavam pratos ashkenazitas (da Europa central), como o tcholent.
A iguaria ainda causa surpresa aos brasileiros, mas é, em termos, uma espécie de feijoada judaica, com cara de feijão carioca bem temperadinho. O prato costuma ser servido no almoço de Shabat por judeus do mundo inteiro. Leva carne, batatas e diversos tipos de grãos, como o grão de bico e cevadinha. Outro prato que chamou atenção foi o Klops, um pãozinho de carne com ovo, que lembra um rocambole.
Entre os pratos sefaraditas (com influências dos judeus ibéricos), destaque para o frango marroquino, cortado em pedaços e temperado com especiarias diversas como canela, açafrão, cominho e azeitonas. O mel em abundância faz as vezes de curinga do prato, que dá um tom agridoce, harmonizando bem com a carne branca.
De sobremesa, o tradicional Strudel, um tipo de doce em camadas e enrolado com recheio de maçã passas, nozes e canela.
As delícias foram servidas durante o 2° Dia Cultural da Wizo Aviv, o grupo de mulheres sionistas da capital federal. Além da boa comida, muita dança judaica, com o grupo Leaká, do Clube Israelita Brasileiro (CIB), do Rio de Janeiro, e uma feirinha com artigos e produtos judaicos. Não resisti a comprar uma farinha de matzá, que não leva fermento.