
As Brigadas Ezedin al-Qasam, braço armado do movimento islâmico palestino, identificaram em um comunicado os três homens como Mohammed Abu Shammala, Raed al-Attar e Mohammed Barhoum. Centenas de palestinos correram para o local do ataque pedindo vingança. Essa é a maior baixa para o grupo islâmico desde o início da ofensiva, em 8 de julho.
“O assassinato dos três líderes do Qassam é um crime grave. Mas isso não vai dividir o nosso povo, e Israel vai pagar o preço por isso”, afirmou o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.
De acordo com relatos da mídia palestina, o Hamas executou nesta quinta três palestinos suspeitos de colaborar com o governo israelense. Outras quatro pessoas teriam sido detidas pelas forças de segurança do Hamas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou a operação que matou os líderes do grupo islâmico e disse em um comunicado que eles planejavam “ataques mortais contra civis israelenses”.
Nesta quinta, outro ataque israelense havia matado a mulher e o filho do chefe das Brigadas, Mohammed Deif, que, segundo o Hamas, continua vivo.
Aeroporto. Apesar da ameaça do Hamas de lançar foguetes na direção do aeroporto mais próximo de Tel Aviv, todos os voos com partida e chegada ao aeroporto Ben Gurion seguiam programados na manhã desta quinta.
“Não há mudanças nos pousos e nas decolagens. Os voos foram interrompidos por dez minutos, por motivos de segurança que não posso detalhar”, disse à agência AFP o porta-voz da autoridade aeroportuária israelense, Ofer Lefler.
Entenda. Na terça-feira, as negociações de paz entre Israel e Hamas, que ocorriam no Cairo, no Egito, foram abandonadas por ambos os lados, e a troca de foguetes foi retomada. Desde o início da ofensiva, mais de 2.000 palestinos, a maioria civis, foram mortos, e outros 10 mil ficaram feridos. Do lado de Israel, 67 pessoas morreram, sendo a maioria soldados.
Terroristas assumem a morte de adolescentes israelenses
Tel Aviv. Uma autoridade do Hamas reconheceu pela primeira vez envolvimento de membros do grupo militante no sequestro de três adolescentes israelenses cujas mortes em junho provocaram uma espiral de violência que levou à atual guerra em Gaza.
Em uma conferência em Istambul, Saleh al-Arouri, autoridade do Hamas na Cisjordânia que vive exilado na Turquia, aparentemente confirmou as acusações israelenses de que o grupo militante islâmico foi responsável pelo sequestro dos adolescentes.
“A vontade popular foi exercida em toda a nossa terra ocupada e culminou na operação heroica das Brigadas Qassam em aprisionar os três colonos em Hebron”, disse al-Arouri. Até então autoridades do Hamas se recusavam a confirmar ou negavam envolvimento.