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Membros das Brigadas al-Qasssam, o braço armado do Hamas. |
O braço armado do Hamas assumiu a responsabilidade pelo disparo que teria atingido uma área aberta, sem causar vítimas.
No início do dia, após a quebra do cessar-fogo, Israel realizou um ataque aéreo que deixou três mortos e 40 feridos.
Pela manhã, três foguetes explodiram em Be’er Sheva, no Sul de Israel. À tarde, foguetes explodiram nas regiões de Eshkol, Netivot, e no deserto de Negev, no sul do país. Ashdod e Ashkelon, próximas à Faixa de Gaza, e Bersheeba, na região central do país também foram atingidas por foguetes. Não há relatos de vítimas nos ataques, e pelo menos quatro foguetes foram destruídos pelo sistema de defesa antiaérea israelense conhecido como Domo de Ferro.
A ameaça de novos ataques do Hamas fez com que os abrigos antibombas fossem reabertos em Tel Aviv. Alarmes de ataques foram acionados em Beit Shemesh, Be’er Tuvia e Jerusalém.
— Quando você quer vencer uma organização terrorista, você a derrota. Negociar com terroristas só traz mais terror — afirmou o ministro da Economia, Naftali Bennett, após os disparos dos foguetes. — O Hamas acredita que lançar foguetes os ajuda nas negociações, e por isso ataca Israel, mesmo durante um cessar-fogo. Foguetes não são um erro do Hamas. São seu método de negociação. Apenas uma resposta dura, a de um país que tem foguetes disparado contra seu território, pode parar o aumento da violência. Cedo ou tarde, Israel terá que derrotar o Hamas, não há como evitar.
A porta-voz do Departamento americano de Estado, Marie Harf, lamentou o retorno da violência à região:
— Estamos preocupados com os desenvolvimentos em Gaza, e condenamos o disparo de foguetes nesta terça-feira. Apoiamos o direito de Israel de se defender, e pedimos um fim imediato às hostilidades e aos ataques para que ambos os lados possam voltar a negociar um cessar-fogo.
Zahava Gal-On, deputada do partido Meretz, afirmou em comunicado que “o disparo de foguetes contra Israel durante negociações de trégua é intolerável, mas uma liderança responsável não deixa que o terror dite seus atos”. Zahava condenou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de levar o país a uma guerra desnecessária para agradar a líderes da extrema-direita. A deputada afirma que as ações de Netanyahu “não apenas não derrotaram o Hamas, mas também aumentaram a importância da facção palestina”.