
De acordo com a polícia israelense, Khdair foi assassinado “por causa de sua nacionalidade” e pelo menos dois presos são conhecidos ativistas de extrema direita.
As investigações indicam que ultranacionalistas judeus foram responsáveis pelo assassinato. Khadir aparentemente foi morto em vingança pelo assassinato de três israelenses no mês passado.O jovem foi visto sendo forçado a entrar em um carro em Jerusalém, enquanto caminhava até um templo para rezar. Seu corpo foi encontrado horas mais tarde em uma floresta.
O diretor do instituto forense palestino, Saber al-Aloul, que participou da necropsia, confirmou que Khdair foi queimado vivo, além de sofrer ferimentos na cabeça.
A mãe do jovem disse à agência Associated Press que, mesmo que capturem os assassinos, não terá “nenhuma paz no coração”, e que “eles estão indo (para delegacia) apenas para fazer-lhes perguntas e, em seguida, irão libertá-los”.
“Eles precisam tratá-los da maneira que nos tratam. Precisam demolir suas casas e cercá-los, do jeito que fazem com nossas crianças”, disse.
Na sexta-feira, milhares de pessoas compareceram ao funeral de Abu Khdair, no bairro de Shufat, próximo à casa da família.
O assassinato do jovem foi seguido de três dias de confrontos violentos com a polícia nos arredores do local que Khdair foi morto. Os participantes do funeral denominaram os confrontos como uma nova intifada contra Israel. Mais de 100 pessoas foram feridas.
Khdair foi morto após os corpos dos três jovens israelenses serem encontrados, na segunda-feira. Benjamim Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, culpou o Hamas pela morte dos jovens. Entretanto, o grupo negou qualquer envolvimento.