Luiz Nazario
O site MEMRI traduziu do árabe para o francês (que verto aqui para o português) um documento de extremo interesse para quem acompanha o conflito entre o Estado de Israel e os terroristas do Hamas, que controlam o território de Gaza, fazendo do povo palestino uma vítima das conhecidas barbáries perpetradas pelo fundamentalismo islâmico travestido de “resistência”:
MENSAGEM PARA OS ATIVISTAS DO FACEBOOK NO SITE DO MINISTÉRIO DO INTERIOR DO HAMAS
EXCERTOS DAS DIRETRIZES DO DEPARTAMENTO:
Toda pessoa morta ou caída como mártir deve ser chamada de “civil de Gaza ou Palestina”, antes de especificar o seu papel na Jihad ou posto militar. Não se esqueça de sempre acrescentar as palavras “civis inocentes” ou “inocentes”, referindo-se às vítimas dos ataques de Israel em Gaza.
Comecem [seus relatórios sobre] as ações de resistência pela expressão “em resposta ao cruel ataque israelense” e concluam com a frase: “essas numerosas pessoas são mártires desde que Israel lançou sua agressão contra Gaza.” Sempre se certifique de manter o princípio: “o papel da ocupação é atacar, e nos na Palestina estamos sempre no modo reativo.”
Tenham cuidado para não espalhar boatos de porta-vozes israelenses, especialmente aquelas que afetam o front interno. Cuidado para não adotar a versão da ocupação [dos acontecimentos]. Vocês devem sempre emitir dúvidas [sobre a versão deles], refutá-la e considera-la como falsa.
Evitem postar fotos de ataques de foguetes sobre Israel a partir dos centros da cidade de Gaza. Isso [serviria] de pretexto para atacar áreas residenciais da faixa de Gaza. Não publiquem ou não partilhem fotografias ou clipes de vídeo mostrando locais de lançamento de foguetes ou [as forças] do movimento de resistência na faixa de Gaza.
Para os administradores de páginas de informações no Facebook: não publiquem fotos de homens mascarados com armas pesadas em grande plano, para que sua página não seja fechada [pelo Facebook] sob o pretexto de incitamento à violência. Em suas informações, certifique-se de especificar: “os obuses localmente manufaturados usados pela resistência são uma resposta natural à ocupação israelense que deliberadamente dispara foguetes contra civis na Cisjordânia e em Gaza”…
Além disso, o Ministério do Interior preparou uma série de sugestões destinadas aos ativistas palestinos que interagem com os ocidentais através das mídias sociais. O Ministério sublinha que essas conversas devem diferir das trocas com outros árabes:
Quando vocês falam para o Ocidente, devem usar um discurso político, racional e convincente e evitar o palavreado emotivo choramingas da empatia emocional. Alguns ao redor do mundo estão dotados com uma consciência; vocês devem manter contato com eles e usá-los em benefício da Palestina. O papel deles é provocar vergonha pela ocupação e expor suas violações.
Evitem entrar numa discussão política com um ocidental para convencê-lo de que o Holocausto é uma mentira e uma enganação; por outro lado, associe-o aos crimes de Israel contra civis palestinos.
A narrativa da vida em comparação com a narrativa do sangue: [falando] para um amigo árabe, comecem com o número de mártires. [Mas falando] para um amigo ocidental, comecem com o número de mortos e feridos. Certifiquem-se de humanizar o sofrimento palestino. Tentem retratar o sofrimento dos civis em Gaza e na Cisjordânia durante as operações da ocupação e seus bombardeios de cidades e vilas.
Não postem fotos dos comandantes militares. Não mencionem seus nomes em público, não louvem os sucessos deles nas conversas com amigos estrangeiros!
Fonte: Memri
A “Mensagem para os ativistas do Facebook” postada no site do Ministério do Interior do Hamas revela com clareza que esse grupo terrorista possui uma estratégia de propaganda digna de um Josef Goebbels, mesclada, contudo, a uma ingenuidade que chega a ser infantil (Goebbels jamais divulgava publicamente suas estratégias de propaganda), que a torna ainda mais fascinante para os esquerdistas, esse “doentes infantis do comunismo” que adotam a estratégia proposta mesmo sabendo tratar-se de pura mentira, distorção e falsificação dos fatos.
Especialmente no Brasil a estratégia perversa do Hamas alcançou um alto índice de popularidade junto à população letrada, sendo adotada por toda a esquerda idiotizada pela ideologia, pelas “mídias independentes”, muito frequentemente pelas mídias de consumo, e pelo próprio governo. Numa nota divulgada a 23/07/2014, o Itamaraty fez um de seus pronunciamentos mais lamentáveis, igualmente digno de Josef Goebbels:
O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças. O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes. Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje. Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas.
O governo brasileiro se viu assim exposto ao ridículo e ao vexame mundiais. Quer dizer então que um país em eterna guerra civil, onde a cada ano 50 mil pessoas morrem assassinadas, incluindo mulheres e crianças, quer se alçar como árbitro de um conflito externo sobre o qual nada entende? Chamar o embaixador do Brasil em Tel-Aviv para consultas?! O Brasil quer romper relações diplomáticas com Israel? Já fomos promovidos ao status da Venezuela?
A Chancelaria de Israel respondeu à altura: “O Brasil está escolhendo ser parte do problema, em vez de integrar a solução. Seu comportamento nesta questão ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante.” A posição alucinada do Itamaraty foi louvada apenas na Faixa de Gaza: “O Brasil é melhor do que os países árabes, como o Egito, que não fazem nada”, reportou o correspondente Diogo Bercito da Folha de S. Paulo. Estamos mal mesmo, nos alinhando com os terroristas palestinos que nem os países árabes apoiam mais, e seguindo à risca as diretrizes dos Pinóquios do Hamas…