"Querem destruir o Estado de Israel. Nem sequer estamos falando da construção de um Estado palestino, querem estabelecer alguma versão de seu califado. Dizem que têm que matar judeus onde quer que se encontrem no mundo todo", disse.
"A diferença é que nós estamos usando um escudo antimísseis para proteger nossos civis e eles estão usando seus civis para proteger seus mísseis", disse durante um discurso no programa americano "Face the Nation", da emissora "CBS". Segundo Netanyahu, mesmo que as mortes tenham acontecido acidentalmente, o Hamas terá de ser responsabilizado pela postura adotada.
Nas declarações, Netanyahu afirmou que o Hamas não busca um acordo político e que cerca de 500 foguetes já foram lançados de Gaza a Israel. "Essas pessoas não desejam acordos políticos, mas isso não significa que não possamos tomar as medidas necessárias, junto com o apoio diplomático, para conseguir a proteção dos cidadãos israelenses", disse o primeiro-ministro.
"Naturalmente, são responsáveis por todas as mortes de civis que acontecem de forma acidental. Lamentamos qualquer morte acidental de civis, mas o Hamas tem que assumir a completa responsabilidade por essas mortes civis", acrescentou.
Além disso, o primeiro-ministro pediu que Israel fizesse o possível para proteger sua população, tanto em termos diplomático quanto militares, e não descartou a possibilidade de realizar uma invasão terrestre na Faixa de Gaza.
Enquanto isso, mais de quatro mil palestinos buscaram refúgio em instalações da ONU neste domingo depois que 45 pessoas morreram no dia mais sangrento da ofensiva israelense contra Gaza. O exército anunciou que bombardearia com intensidade o norte da Faixa.
Fontes israelenses confirmaram que o ministro alemão de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, viajará à região amanhã para se reunir com Netanyahu, em Jerusalém, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em Ramallah.
Israel dá início a uma segunda fase ofensiva que, incluiria bombardeios mais intensos e específicos seguidos de incursões pontuais na Faixa, como a que sábado à noite terminou com um conflito entre soldados israelenses e o Hamas.