Milhares de israelenses se reuniram neste domingo em Tel Aviv para prestar sua solidariedade aos três jovens compatriotas sequestrados em 12 de junho na Cisjordânia ocupada, informou a polícia local.
Os manifestantes rezaram e cantaram durante o ato. As mães dos reféns relançaram os apelos por sua libertação.
O presidente israelense eleito, Reuven Rivlin, que deve tomar posse em julho, pediu à comunidade internacional "que não se contente com condenar esses sequestros, mas que aja para a libertação dos três jovens israelenses".
Estudantes de escolas religiosas judaicas, os três desapareceram quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias na Cisjordânia ocupada, entre as cidades palestinas de Belém e de Hebron.
O Exército israelense lançou uma operação na Cisjordânia para encontrá-los, mas sem sucesso até o momento. Nessa investida militar, cinco palestinos já foram mortos, e outros 400, detidos - a maioria integrante do Hamas.
Hamas critica a posição da ONU
Funcionários do Hamas rejeitaram neste domingo as críticas da União Europeia (UE) sobre o desaparecimento de três jovens judeus há duas semanas na Cisjordânia, que Israel acusa ser uma ação do grupo islâmico.
Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento em Gaza, afirmou em um comunicado que rejeita "a crítica tendenciosa da União Europeia sobre o Hamas por aprovar o desaparecimento dos três israelenses".
"As críticas da UE ao Hamas são um ato de cortesia e hipocrisia com a ocupação. A UE deveria criticar também Israel pelo sequestro de mais de cinco mil palestinos que se encontram em suas prisões", condenou Abu Zuhri. Em 12 de junho, Israel anunciou que três adolescentes judeus tinham desaparecido perto da cidade palestina de Hebron e depois acusou o movimento islamita pelo suposto sequestro.
A liderança do Hamas procurou se desvincular do sequestro, apesar de alguns membros do grupo terem aplaudido a ação. "Em lugar de só lamentar o desaparecimento dos três colonos israelenses, a UE deveria aumentar seus esforços para terminar com o sequestro de cinco palestinos presos em prisões israelenses", disse Abu Zuhri. "Um ato assim só pode solapar os esforços internacionais que promovem o retorno das negociações de paz. A UE felicita o presidente Abbas (Mahmoud, presidente da Autoridade Nacional Palestina) por sua inequívoca condenação do sequestro e acolhe com satisfação a cooperação das forças de segurança na busca dos desaparecidos", afirmou a nota.
"As declarações de alguns líderes do Hamas, que glorificam os sequestradores, são inaceitáveis", acrescentou. Exército israelense lançou uma ampla operação militar na Cisjordânia, com um resultado de 413 pessoas detidas e cinco mortas, segundo fontes militares, além da perseguição de membros do movimento islamita.
Com informações da AFP e EFE.