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Mesquita de Omar - Coisas Judaicas. |
Embaixadora Tzipora Rimon acredita que o encontro de oração promovido pelo Papa Francisco pode “contribuir para o espírito de reconciliação” entre israelenses e palestinos. A embaixadora de Israel em Portugal, Tzipora Rimon, não quer que o conflito israel-palestino passe para a próxima geração, mas admite que o regresso às negociações está “muito difícil”.
Tzipora Rimon manifesta, em entrevista à Renascença, “esperança” no reatamento do diálogo, no entanto, reconhece que “hoje é mais difícil” devido à reconciliação entre os movimentos palestinianos Fatah e Hamas e à formação de um Governo de unidade.
“O Hamas é uma organização terrorista que não reconhece Israel”, afirma a diplomata israelita. "Então, será muito muito difícil, mas há esperança e o objectivo existe de um dia continuar todas as negociações e ficar em paz”, frisa.
Encontro de oração pode ajudar a "recuperar a confiança"
Durante a sua recente visita à Terra Santa, o Papa Francisco convidou o Presidente israelita, Shimon Peres, e o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, para um encontro de oração, que se vai realizar este domingo, no Vaticano.
O Papa sublinha que o encontro é meramente de carater religioso, mas a embaixadora de Israel em Portugal acredita que pode “contribuir para o espírito de reconciliação” e ajudar a “recuperar a confiança” perdida.
Tzipora Rimon afirma que o próximo passo é os dois lados sentarem-se à mesa e falarem “com compromissos para resolver todas as coisas”.
“Não estamos sozinhos, há outros que querem ver a paz entre o povo palestiniano e israelita. Queremos ver a situação melhorar, não queremos continuar o conflito por mais um geração”, afirma a diplomata.
Sobre a visita do Papa à Terra Santa, Tzipora Rimon fala num “capítulo histórico muito importante das relações entre católicos e judeus” e destaca a mensagem de paz deixada por Francisco.