Hot Widget

Type Here to Get Search Results !

A Parashá Behaalotechá

A Parashá Behaalotechá
Menorah - Coisas Judaicas

A Parashá Behaalotechá inicia-se com uma breve discussão sobre o acendimento diário da menorá de ouro (candelabro de sete braços) no Tabernáculo, seguida por uma descrição do ritual de consagração dos Levitas.

A Torá então descreve a celebração de Pêssach no segundo ano no deserto, completada com a oferenda do corban Pêssach. Aqueles que estão impuros na data regular de Pêssach e, portanto incapazes de participar na oferenda, são ordenados a celebrar Pêssach Sheni, uma celebração similar a Pêssach realizada um mês mais tarde, quando o cordeiro pascal é comido com matsá e ervas amargas.

Após mencionar a nuvem e o fogo que pairavam alternadamente sobre o Tabernáculo, a Torá descreve o procedimento padrão pelo qual os Filhos de Israel levantavam acampamento para continuar suas viagens pelo deserto. Logo após deixar o Monte Sinai e viajar até o deserto de Paran, o povo começa uma série de amargas reclamações. Espicaçados pelo erev rav (a múltipla mistura de povos que juntou-se ao povo judeu na saída do Egito), os Filhos de Israel ficaram insatisfeitos com o maná, sua miraculosa porção diária de pão celestial.

Quando Moshê começa a se desesperar, D'us ordena-lhe que selecione setenta anciãos para compor o Sanhedrin, a corte que o ajudaria a liderar a nação. Quase imediatamente, dois dos membros recém-eleitos anunciam uma profecia no acampamento. D'us envia um enorme bando de codornas, que o povo junta para comer; aqueles que haviam reclamado da falta de alimentos comem demais e morrem durante este fato sobrenatural.

A porção conclui com Miriam falando lashon hará, maledicência, a Aharon sobre seu irmão Moshê. Ela é punida por D'us com lepra, e fica de quarentena fora do acampamento por sete dias.

MENSAGEM DA PARASHÁ
Uma lição que pode ser extraída deste incidente é que velhos hábitos são difíceis de quebrar. Não muito tempo após deixar para trás o sofrimento e a falência moral no Egito, o povo judeu vivenciou o mais significativo encontro Divino da história: a Outorga da Torá no Monte Sinai.

Haviam embarcado numa jornada distante das praias do Egito para o deserto. Ali, o povo aceitou o privilégio de viver segundo os preceitos de D'us. Infelizmente, após deixar o Sinai, a nação de certa forma regressou à mentalidade com a qual havia se acostumado no Egito.

D'us os tirara do Egito através das assombrosas pragas; dividiu o Mar vermelho, afogando seus perseguidores; abrigou-os durante a jornada no deserto estéril; e concedeu-lhes a sagrada Torá. O maná era um alimento especial que tomava o sabor daquilo que o consumidor desejasse. Era servido ao povo diretamente pelo Criador. Qual o motivo para reclamação? Por que esta preocupação com comida?

Rashi, citando o Midrash, explica que as pessoas que reclamaram não estavam realmente preocupadas com a comida. Ao invés disso, esta reclamação baseada nas iguarias do Egito era um pretexto para exprimirem a frustração pela disciplina exigida pelas mitsvot. Em vez de privilégio, consideravam as mitsvot como um fardo. Tinham reminiscências sobre os nostálgicos dias no Egito quando a comida era "grátis" - não estavam "restritos" pelas mitsvot no Egito, pois a Torá ainda não tinha sido outorgada.

Aqueles que reclamavam eram presa de sua mentalidade de escravos, vendo com desdém as obrigações e responsabilidades que tinham como povo livre. Eles pareciam preferir a escravidão à liberdade: "... Por que deixamos o Egito?" (ibid. 11:20).

No Egito, "vale tudo" era o credo; não havia restrições de comportamento. Após a Outorga da Torá, entretanto, esperava-se deles que se comportassem como o povo escolhido. Aqueles que reclamavam - da mesma forma que as crianças que choram quando chega a hora de ir para a cama, tomar um banho ou arrumar o quarto - ansiavam pelos dias em que seu comportamento não era regulamentado, quando não havia toque de recolher.

Se alguém está doente, procurará o médico. Este diz ao paciente qual é o regime apropriado a seguir para que seja novamente saudável. Se um médico nos prescreve algo, nós o acatamos - mesmo que não seja agradável tomar o remédio e seguir a dieta recomendada para melhorarmos. Da mesma forma, precisamos seguir fielmente a receita dada ao nosso povo há mais de 3.300 anos, e tomar os "comprimidos" dados no Sinai. Certamente, pode ser difícil às vezes deixar certos comportamentos que se acha agradáveis, mas apenas porque alguém está habituado a certos tipos de conduta, isso quer dizer que esta conduta está correta?

Os reclamantes, imbuídos de uma relutância para moldar sua conduta segundo o modelo que a Torá exige, preferiram a sociedade sem restrições do Egito. Como estamos agora "deixando o Sinai" (Shavuot ocorreu há umas poucas semanas), devemos nos esforçar para aperfeiçoar nosso cumprimento das mitsvot da Torá.

Por que simplesmente não escutamos D'us, nosso "Doutor da Vida"? Afinal, Ele sabe o que é melhor para nós.

Do site www.chabad.org.br

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.

Top Post Ad

Below Post Ad

Ads Section